Reino Unido apresenta resolução sobre ação militar na Síria no Conselho de Segurança da ONU
O Reino Unido deverá apresentar nesta quarta-feira uma resolução para "proteger os civis", que condena o possível ataque químico na Síria, anunciou o governo britânico. Diante da iminência de uma intervenção militar, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, pediu que o Conselho "aja pela paz."
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O projeto de resolução condenando os possíveis ataques químicos do regime sírio, no dia 21 de agosto, será apresentado nesta quarta-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas, de acordo com um comunicado divulgado pelo primeiro-ministro britânico David Cameron.
O documento autoriza as medidas necessárias para proteger os civis contra as armas químicas, explicou o primeiro-ministro em sua conta oficial no Twitter. "Nós sempre dissemos : o Conselho de Segurança da ONU deve assumir suas responsabilidades sobre a Síria", declarou.
A iniciativa respalda os Estados Unidos, que esperam o aval da ONU para iniciar os ataques aéreos. Em uma conversa pelo telefone, Obama teria conversado com Cameron, e aprovado a estratégia de propor uma resolução que autorize uma intervenção militar.
A aprovação do documento, entretanto, esbarra na oposição dos russos, que têm poder de veto no Conselho ao lado da China.
A Rússia continua a proteger o regime sírio e afirma que o ataque químico foi perpretado pelos rebeldes. O chanceler russo Serguei Lavrov disse ontem que o país "não entrará em guerra."
O chanceler britânico William Hague já havia declarado que a segurança da Grã-Bretanha estaria ameaçada se não houvesse alguma reação contra o governo sírio. O premiê britânico David Cameron encurtou suas férias para decidir como será a intervenção no país. O Parlamento britânico deve autorizar a ação até amanhã.
Hoje o Parlamento francês também convocou uma sessão extraordinária no dia 4 de setembro sobre a Síria. O governo francês também já sinalizou que participaria de uma ação ao lado dos Estados Unidos e aliados contra o regime de Bashar al-Assad.
Ontem o presidente François Hollande disse que a França "estava pronta para punir quem usou gás contra inocentes."
Nesta quarta-feira durante um discurso em Haia, o secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki Moon pediu aos membros do Conselho de Segurança que "agissem pela paz" na Síria. "Os sírios merecem uma solução, não o silêncio. A Síria é o maior desafio do mundo hoje em dia." Ele reiterou que utilização de armas químicas seria uma "séria" uma violação das leis internacionais.
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