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EUA/Síria

EUA planejam ataque de três dias contra a Síria, segundo jornal

Segundo a edição de hoje do Los Angeles Times, o Pentágono prepara ataques aéreos mais longos e intensos do que o inicialmente previsto contra alvos do regime na Síria, "durante três dias consecutivos". O secretário de Estado americano, John Kerry (na foto à esquerda), reuniu-se hoje em Paris com colegas da Liga Árabe para angariar apoio à intervenção militar.

O secretário de Estado americano, John Kerry (à esq.), recebe os colegas da Liga Árabe para reunião sobre a intervenção na Síria neste domingo, 8 de setembro de 2013, na embaixada dos EUA em Paris.
O secretário de Estado americano, John Kerry (à esq.), recebe os colegas da Liga Árabe para reunião sobre a intervenção na Síria neste domingo, 8 de setembro de 2013, na embaixada dos EUA em Paris. REUTERS
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Os estrategistas estariam planejando uma chuva de mísseis desde o início da ofensiva, para provocar impacto imediato no regime. Outros bombardeios ocorreriam na sequência, para destruir os alvos perdidos na primeira etapa, diz o Los Angeles Times.

O tablóide alemão Bild, por sua vez, afirma neste domingo que os ataques químicos na Síria podem ter acontecido sem autorização do presidente Bashar al-Assad, de acordo com informações do serviço secreto alemão. Segundo mensagens interceptadas por espiões alemães, oficiais do alto escalão sírio teriam pedido várias vezes a Assad para usar o arsenal químico, nos últimos quatro meses, mas o presidente sírio teria recusado todas as vezes, escreve o Bild

Kerry continua em campanha na Europa

O secretário de Estado americano, John Kerry, continua em campanha na Europa para convencer a opinião pública sobre a necessidade de punir o presidente sírio, Bashar al-Assad, de modo a dissuadi-lo de recorrer novamente ao arsenal de armas químicas.

Neste domingo, em Paris, Kerry discutiu os planos de ação com os colegas da França, Arábia Saudita, Egito e representantes da Liga Árabe. Em entrevista coletiva ao final do encontro, Kerry disse que o regime sírio já teria usado armas químicas pelo menos 11 vezes desde o início do conflito há dois anos e meio, sendo que Washington teria provas do ataque químico do dia 21 de agosto passado. O secretário de Estado reafirmou o caráter "limitado" da operação militar em estudo, focada em "alvos muito precisos" do regime sírio.

Porém, segundo dois oficiais americanos ouvidos pelo Los Angeles Times, a Casa Branca teria pedido um lista "bem maior" de alvos a serem destruídos, além dos 50 previamente definidos.

Kerry retorna a Washington nesta segunda-feira, depois de encontrar ainda hoje em Londres o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e amanhã de manhã, o chefe da diplomacia britânica, William Hague. O chanceler britânico insistiu hoje no fato de que a paralisia internacional no conflito da Síria coloca em risco a população contra novas atrocidades. Este argumento tem sido insistentemente usado pelos defensores da solução militar.

Neste sábado, os ministros de Relações Exteriores da União Europeia concluíram que o regime sírio utilizou armas químicas contra civis. A União Europeia defende uma ação "clara e forte" contra o regime de al-Assad, sem no entanto endossar a intervenção militar, que deve esperar pelas conclusões dos inspetores da ONU.

Guerra de imagens na TV americana

Os canais de TV americanos passaram o fim de semana exibindo imagens das vítimas dos ataques químicos na Síria. Uma maneira de comover os americanos, que continuam majoritariamente contra uma intervenção na Síria.

Amanhã, o presidente Barack Obama vai dar uma entrevista às principais emissoras do país, dando uma prévia de suas intenções na Síria, antes do discurso que fará à nação na terça-feira.

O Congresso vota nos próximos dias se autoriza Obama a atacar a Síria. O resultado da votação continua incerto, mesmo depois do apoio manifestado esta semana por pesos-pesados da oposição republicana ao projeto do democrata.

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