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Síria/Rússia

Rússia sugere que armas químicas da Síria fiquem sob controle da comunidade internacional

A Rússia pediu hoje à Síria que deixasse seu arsenal químico sob controle internacional, para evitar a intervenção militar dos Estados Unidos e aliados. A Síria, que diz pronta para continuidade às negociações de paz, se disse ‘’favorável’’ à proposta. O Congresso americano poderá dar o aval hoje para uma operação militar na região.

Fiéis rezam pela paz na Síria na Basílica São Pedro
Fiéis rezam pela paz na Síria na Basílica São Pedro AFP PHOTO / Filippo MONTEFORTE
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O chanceler russo Serguei Lavrov propôs aos sírios que os estoques de armas químicas ficassem sob controle da comunidade internacional e fossem destruídos.

O ministro das Relações Exteriores sírio Walid Mouallem, que esteva hoje em Moscou, foi favorável à ideia, agradecendo a "sabedoria dos dirigentes russos, que tentam evitar uma agressão americana contra nosso povo."

O secretário-geral da ONU, Ban KI Moon, sugeriu a criação de zonas supervisionadas pelas Nações Unidas na Síria, onde as armas poderiam ser destruídas. A proposta poderia ser analisada no Conselho de Segurança da ONU, se a utilização de armas químicas pelo regime for oficialmente confirmada pelos observadores que estiveram no país.

Pouco antes, Bashar al-Assad alertou os Estados Unidos em uma entrevista transmitida pelo canal CBS. Segundo ele, as consequências de uma operação militar na região são imprevisíveis em uma região ‘’à beira de uma explosão.”

O presidente sírio lembrou que não está isolado, e existem diferentes partes, facções e ideologias ao redor do país. "Se vocês não forem prudentes, pagarão caro", disse.

O Congresso americano poderá dar o aval hoje para uma intervenção no país, que não deverá ocorrer antes da próxima semana.

A ideia inicial é que os ataques durem três dias e destruam a capacidade militar do regime sírio. A duração da operação ficaria limitada a 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais um mês. Mas Obama deverá enfrentar uma opinião pública desfavorável : seis em cada dez americanos desaprova uma intervenção, segundo uma pesquisa publicada hoje.

Em Londres, o chefe da diplomacia americana John Kerry voltou a defender a ação, mesmo dizendo que a solução na Síria era política. O presidente francês François Hollande continua sendo favorável à operação, mas disse que aguardará o voto do Congresso e o relatório da ONU.

 

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