Resolução na ONU sobre a Síria é "uma vitória para o mundo", diz Obama
Depois de semanas de negociações, os membros do Conselho de Segurança da ONU se encontram nesta sexta-feira (27) para aprovar uma resolução que prevê o desmantelamento do arsenal de armas químicas na Síria, e que poderá autorizar sanções caso o regime desrespeite o compromisso assumido com a comunidade internacional.
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Em uma coletiva em Washington, o presidente americano Barack Obama lembrou que o acordo que estabelece a destruição do arsenal sírio "é uma vitória para o mundo."
Ele defendeu as ameaças de intervenção militar feitas pelo Ocidente, e disse que sem essa pressão exercida pelos Estados Unidos e aliados uma solução pacífica não teria sido possível.
O acordo entre russos e americanos, selado em Genebra no dia 14 de setembro, evitou um ataque militar ao país. O regime sírio aceitou a destruição de seu arsenal químico, depois de negar sua existência diversas vezes.
Um relatório da ONU também confirmou a utilização de gás sarin em um ataque na periferia de Damasco, que deixou mais de 1500 mortos.
O presidente americano disse que ainda há dúvidas sobre a sinceridade de Bashar al Assad em respeitar seus compromissos, ressaltando que o texto prevê "sanções neste caso."
Obama se referiu ao capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, alvo da maior parte das divergências entre os membros do Conselho da ONU, que autoriza o uso da força.
Se tal medida for necessária, entretanto, qualquer iniciativa deverá antes ser discutida novamente no Conselho e poderá ser barrada pela Rússia, aliada do regime sírio.
Hoje o chanceler russo, Serguei Labrov, pediu que as investigações sobre as armas químicas na Síria sejam feitas de maneira 'imparcial.'
A Organização para a proibição de armas químicas (OIAC) também se reúne para validar agora à noite, durante uma reunião em Haia, o cronograma para a destruição do arsenal.
O organismo também enviará uma equipe para inspecioná-lo no máximo até terça-feira, que terá a autorização para visitar locais onde estão armazenadas as armas químicas do regime, incluindo locais que não foram citados na lista fornecida pelo governo sírio.
Paralelamente, o presidente iraniano também disse hoje que participará "ativamente" da Conferência de Paz para a Síria, em Genebra.
A resolução defende a criação de um governo transitório, formado por representantes do regime e da oposição, proposta que já foi recusada inúmeras vezes pelos rebeldes sírios.
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