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Rússia/Síria

Rússia critica projeto de Assad de participar das presidenciais de 2014

A Rússia, uma das principais aliadas do regime na Síria, suprendeu na manhã desta quinta-feira ao acusar o presidente Bashar al-Assad de aumentar a tensão no país com sua intenção de se recandidatar à eleição presidencial síria no ano que vem.

Treze pessoas, entre elas duas crianças, morreram nesta terça-feira (17) em novos ataques aéreos contra um bairro rebelde de Aleppo.
Treze pessoas, entre elas duas crianças, morreram nesta terça-feira (17) em novos ataques aéreos contra um bairro rebelde de Aleppo. REUTERS/Ahmad Othman
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O presidente sírio, Bashar al-Assad, declarou que cogita participar das eleições presidenciais de 2014 em uma entrevista recente a um canal de TV libanês. Assad afirmou não ver nenhuma razão que o impeça de se candidatar no ano que vem. Mas o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdonov, disse hoje que essa declaração só aumenta a tensão e não acalma a situação no país em guerra civil desde março de 2011.

A oposição, que tenta derrubar o presidente sírio, condiciona a saída de Assad do poder à sua participação nas negociações visando o fim do conflito. O vice-chanceler russo pediu que o regime e a oposição não colequem mais lenha na fogueira antes da conferência de paz para a Síria, chamada de Genebra 2, prevista para o dia 22 de janeiro na Suíça.

Desde março de 2011, 126 mil pessoas morreram nos confrontos entre rebeldes e forças do regime. Cerca de 2,3 milhões de sírios estão refugiados em países vizinhos, segundo dados da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, causando graves problemas humanitários e de segurança para o Oriente Médio.

Nas últimas semanas, por falta de apoio internacional, os rebeldes sírios perderam várias posições importantes para as forças do regime. Os bombardeios se intensificaram sobretudo na região de Aleppo, no norte do país, causando a morte de centenas de civis e crianças.

A situação dos rebeldes ficou ainda mais complicada com a suspensão do envio de armas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha aos insurgentes. Washington e Londres justificaram a decisão por temer que as armas enviadas aos rebeldes estejam caindo nas mãos de grupos jihadistas islâmicos.

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