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Síria/Assad

Bashar al-Assad nega massacre e diz que se candidatará à reeleição

A dois dias do início da conferência de paz sobre a Síria, na Suíça, o clima é de tensão, e há poucas esperanças de se obter um acordo. Em entrevista exclusiva à agência de notícias AFP, o presidente sírio Bashar al-Assad negou neste domingo (19) que tenha cometido algum massacre e acusa os rebeldes pela violência.

Prédios da cidade síria de Aleppo destruídos em combates com as forças do regime, 19 de janeiro de 2014.
Prédios da cidade síria de Aleppo destruídos em combates com as forças do regime, 19 de janeiro de 2014. REUTERS/Hosam Katan
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De acordo com o presidente sírio, as forças sírias defendem os civis, e são os “terroristas” que ameaçam a população. “Não há nenhum documento provando que o governo tenha cometido um massacre desde o início da crise”, declarou Assad, durante a entrevista realizada no Palácio presidencial de Damasco neste domingo.

Assad também declarou que há “fortes chances” de que se candidate às eleições presidenciais de 2014, previstas para junho. “Nada me impede de me candidatar”, declarou. Aos 48 anos o presidente sírio está no poder desde 2000, e sucedeu a seu pai, Hafez, que dirigiu o país durante 30 anos.

Às vésperas da Conferência para a Síria, ele também se recusou a reconhecer a legitimidade da oposição. Segundo Assad, essa representatividade foi 'fabricada' pelos serviços secretos estrangeiros. "Essa ideia é totalmente surrealista, podemos considerá-la quase como uma piada", declarou.

Para Assad, a prioridade da Conferência para a Síria, que começa nesta quarta-feira em Montreux, na Suíça, deve ser a luta contra o terrorismo, mas isso não significa que a vitória do governo é iminente. "Se a Síria perder a batalha, o caos vai se instalar no Oriente Médio", ameaçou.

Para ele, não existe diferença entre os rebeldes e os jihadistas.  O presidente sírio também descartou a possibilidade de fugir do país. O conflito, que teve início em março de 2011, já deixou mais de 130 mil mortos.
A Coalizão Nacional de Oposição, que havia confirmado sua participação no sábado, voltou atrás e agora diz que vai boicotar o encontro se o Irã, principal aliado do regime sírio, entrar nas negociações.

Assad acusa a França de servir Catar e Árabia Saudita

O presidente sírio Bachar al-Assad acusou a França de apoiar a rebelião em seu país, e de ‘servir’ o Catar e a Árabia Saudita em troca de petrodólares. "Como alguns responsáveis ocidentais, principalmente franceses, podem trocar os princípios da Revolução Francesa por alguns bilhões de dólares?"

Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, conseguiu vencer a resistência dos Estados Unidos e incluiu o Irã na conferência, o que significa que Teerã deverá aceitar um governo de transição formado por membros da oposição e do regime do presidente Bashar al-Assad.
 

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