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Malásia/Mistério

Nenhum país tem pista do Boeing da Malaysia Airlines

Autoridades de vários países situados na área norte de buscas do avião da Malaysia Airlines, desaparecido há nove dias, declararam nesta segunda-feira (17) não ter detectado nenhum sinal da aeronave. As buscas se concentram em dois corredores aéreos: um ao norte da Malásia, que vai da Tailândia até as fronteiras do Cazaquistão e Turcomenistão, e outro ao sul, da Indonésia ao Oceano Índico. Vinte e cinco países colaboram nas buscas.

Marinha da Malásia procura destroços do Boeing desaparecido há nove dias no mar de Andaiman, na Tailândia.
Marinha da Malásia procura destroços do Boeing desaparecido há nove dias no mar de Andaiman, na Tailândia. Reuters
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O governo da Malásia solicitou a países situados neste "arco norte-sul" que verificassem se havia registros do Boeing 777 em seus radares e satélites, e que efetuassem buscas no mar e terrestres, mas as pesquisas não deram em nada.

Até o momento, o que se sabe, é que o aparelho, que deveria fazer a rota entre Kuala Lumpur e Pequim, mudou drasticamente de direção antes de desaparecer dos radares e voou durante 7 horas depois de se desconectar dos sistemas de comunicação. Em busca de novas pistas, os investigadores estão se concentrando agora na lista de passageiros e nos pilotos.

Hipótese "estranha"

As autoridades da Índia rejeitaram hoje a hipótese que o avião tenha sobrevoado o território indiano durante várias horas sem ter sido detectado pelos instrumentos de vigilância aérea do país. Uma autoridade indiana do Ministério da Defesa considerou "estranho" esse cenário cogitado pela Malásia. Essa fonte acrescentou que muitas "afirmações sem sentido" têm sido feitas sobre o sumiço do avião. Paquistão, Cazaquistão e Quirguistão também informaram não ter registrado nenhum movimento diferente no céu.

O porta-voz dos rebeldes talibãs do Afeganistão, Zabihullah Mujahid, disse que seu movimento não tem nenhum envolvimento no desaparecimento do Boeing, que transportava 239 pessoas. Chegou-se a pensar que o aparelho poderia ter sido sequestrado e levado para regiões montanhosas do Afeganistão. Um líder dos talibãs do Paquistão afirmou, por sua vez, que os radicais islâmicos "teriam gostado de desviar" o avião da Malaysia Airlines, mas não o fizeram.

A pedido do governo da Malásia, a Austrália aceitou assumir o controle das buscas no chamado arco sul, uma extensa área entre a Indonésia e o sul do Oceano Índico. O país dispõe de um potente radar militar que permite observar movimentos no céu e no mar a uma distância de 3 mil quilômetros ao norte e noroeste da Austrália. Apesar de não funcionar 24 horas, o equipamento permite analisar uma determinada área por um tempo mais longo.

Passageiro suspeito

A polícia da Malásia identificou um engenheiro de voo na lista de passageiros a bordo do voo MH370. Mohd Khairul Amri Selamat, de nacionalidade malaia, 29 anos, se apresenta nas redes sociais como engenheiro que trabalhou para uma companhia de jatos privados baseada na Suíça. A empresa não confirmou se ele integra seu quadro de funcionários.

Um engenheiro de voo a bordo de um avião é o responsável pelo controle de diferentes sistemas como o elétrico, hidráulico, e até gestão do combustível. A dúvida é saber se Mohd Khairul teria competência para pilotar um Boeing 777. Segundo a polícia da Malásia, “ele está sendo investigado assim como todos os outros passageiros”.

Os dois pilotos também são alvos das investigações. O ministro dos Transportes malásio, Hishammuddin Hussein, confirmou que as últimas palavras registradas no cockpit - “Tudo bem, boa noite” - foram pronunciadas pelo copiloto depois da interrupção deliberada do sistema de comunicação conhecido como Acars. Quatroze minutos depois, foi a vez do transponder, equipamento que transmite dados que permitem a localização do voo, ser desligado. Depois, o Boeing 777 desapareceu das telas dos radares.

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