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FAO/Alimentos

Problemas climáticos do Brasil contribuem para a alta de preços de alimentos

O índice de preços de alimentos no mundo aumentou 2,3% no mês de março, comparado ao mês anterior, e atingiu seu nível mais alto nos últimos 10 meses. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (3) pela FAO, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Entre os motivos apontados pela alta de preços, estão as condições meteorológicas desfavoráveis em grandes países produtores, como o Brasil, e a crise ucraniana.

A FAO anunciou um aumentou 2,3% no mês de março do preços dos alimentos no mundo.
A FAO anunciou um aumentou 2,3% no mês de março do preços dos alimentos no mundo. Flikcr/par Ecofotos - Adilson Moralez
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O índice da FAO mede a variação mensal de produtos alimentícios cotados internacionalmente. Houve aumento generalizado de preços. No caso do açúcar a alta foi de 7,9% e dos cereais, de 5,2%. Esses dois produtos que registraram os maiores reajustes. Só os derivados de leite tiveram queda nos preços, em torno de 2,5%, o primeiro recuou em quatro meses, de acordo com a FAO.

O economista-chefe da FAO, Abdolreza Abbassian, estimou que a alta de preços estava prevista devido as aos problemas com o clima no Brasil e nos Estados Unidos e também pela tensão geopolítica no Mar Negro. As dúvidas sobre a disponibilidade da produção da Ucrânia, um grande país produtor de cereais, pressionaram os preços e trouxeram instabilidade aos mercados.

Projeções da produção para o ano

No comunicado, a FAO atualizou também suas primeiras estimativas para a produção de cereais no mundo em 2014, e, comparadas ao mês passado, haverá uma queda. A produção de trigo, por exemplo, deve ser de 702 milhões de toneladas no ano, ou seja, 2 milhões de toneladas a menos do que as previsões do mês de março.

No caso do arroz, haverá um ligeiro aumento de 0,8% na produção que deve superar 500 milhões de toneladas. “Mas ainda é cedo para divulgar estimativas precisas da produção de cereais, porque muitas culturas ainda não foram semeadas e a meteorologia continua sendo um fator decisivo para avaliar os resultados das colheitas”, afirmou a FAO no comunicado.

A agência alerta ainda que o aumento da produção de arroz pode ser insuficiente devido ao crescimento demográfico e aos níveis de estoques que podem encolher.

 

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