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Ucrânia/Rússia/ONU

Ucrânia denuncia guerra lançada pela Rússia e ONU convoca reunião de urgência

O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de urgência nesse domingo (13) para discutir a situação na Ucrânia. A decisão foi tomada após um pedido de Moscou, que acusa Kiev de estar usando o exército para reprimir manifestantes. Já o presidente ucraniano afirma que os russos entraram em guerra contra seu país.

Homem armado diante da delegacia de Slaviansk, no leste da Ucrânia.
Homem armado diante da delegacia de Slaviansk, no leste da Ucrânia. REUTERS/Gleb Garanich
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A operação lançada pelo governo ucraniano contra ativistas pró-Russia no leste do país nesse fim de semana, que resultou na morte de pelo menos duas pessoas, provocou uma série de reações de Moscou, da comunidade internacional, mas também de Kiev. O presidente interino da Ucrânia, Olexandre Turchinov, disse que “o sangue foi derramado na guerra que a Rússia começou contra a Ucrânia”.

O Kremlin também criticou a atitude do país vizinho, que estaria usando o exército para reprimir os protestos da população. Moscou também pediu que uma reunião fosse organizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a situação. A ONU reagiu imediatamente e convocou um encontro de urgência em Nova York neste domingo. 

A escalada de violência preocupa a comunidade internacional, que teme um cenário similar ao da Crimeia, poucos dias antes de o balneário ser anexado à Rússia. Na noite de sábado, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, denunciou o que chamou de ações "orquestradas e sincronizadas" e ameaçou Moscou de novas sanções.

Paris foi na mesma linha: "É claro que seremos obrigados a nos pronunciar a favor de novas sanções em caso de escalada militar", declarou neste domingo Jean-Marie Le Guen, secretário de Estado francês para as Relações com o Parlamento.

"Assistimos a uma campanha de violência organizada pelos separatistas russos, que tentam desestabilizar o Estado soberano da Ucrânia", afirmou em comunicado o secretário geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen. "Qualquer nova ingerência militar russa", escreveu, em referência à anexação da Crimeia, "só fará crescer o isolamento da Rússia".

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu novamente que Moscou respeite a "integridade territorial da Ucrânia". Dizendo-se "profundamente preocupado" com o risco de uma escalada de violência, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que os dois lados tenham a maior cautela possível e procurem dialogar para diminuir a tensão.

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