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Austrália/avião

Mini-submarino que busca Boeing 777-200 desaparecido tem novos problemas técnicos

O mini-submarino Bluefin-21, usado nas buscas pelos destroços do Boeing da companhia Malaysia Airlines, teve problemas técnicos e precisou interromper seu segundo mergulho, previsto para esta quarta-feira (15), mas já voltou à área onde provavelmente caiu o avião, perto de Perth, na costa australiana. As análises dos primeiros dados coletados não trazem elementos importantes para as equipes de busca.

As buscas submarinas pelo avião MH370 da Malaysia Airlines podem levar dois meses.
As buscas submarinas pelo avião MH370 da Malaysia Airlines podem levar dois meses. REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters
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A análise dos primeiros dados coletados na quarta-feira pela manhã, no primeiro retorno do mini-submarino à bordo do navio Ocean Shield, não mostrou “nada de significativo”, segundo os responsáveis pelas buscas. Na terça-feira, o Bluefin-21 precisou voltar a superfície seis horas depois de ter atingido sua profundidade máxima, que é de 4500 metros.

Segundo o Centro Conjunto de Coordenação das Agências (JACC), encarregado de organizar as buscas pelo avião, o Bluefin-21 teve “dificuldades técnicas”, mas está novamente submerso em busca da fuselagem e outros objetos do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que caiu no oceano Índico.

Apesar do incidente, o mini-submarino, equipado de um sonar, não sofreu danos e foi reprogramado, segundo Mark Matthews, capitão da Marinha americana.O Bluefin-21 tem cinco metros de comprimento e pode ficar submerso durante 16 horas. Mas ele volta automaticamente à superfície depois de atingir o limite de suas capacidades operacionais.

Os investigadores delimitaram uma área de buscas em função dos sinais detectados há cerca de dez dias, compatíveis com os ruídos emitidos pelas caixas-pretas. A área tem cerca de 40 quilômetros quadrados e está situada a 2170 quilômetros a noroeste de Perth, na costa ocidental australiana.

Resgate da caixa-preta é inevitável, diz especialista

David Mears, diretor da britânica Bluewater Recoveries e um dos principais especialistas em missões de busca de aviões do mundo, disse que o local onde o avião da Malaysia Airlines caiu foi descoberto e que o resgate da caixa preta é inevitável. “Mesmo sem o anúncio do governo, acredito que eles acharam o local onde o avião caiu,” disse ele, que ajudou na missão de busca do avião 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em 2009.

Segundo David, os quatro ‘pings’ ou sinais detectados até agora foram emitidos pelas caixas-pretas do avião. Ele acredita que o governo ainda não anunciou a descoberta em respeito às famílias das vítimas. Na opinião do especialista a virada na investigação se deu quando os satélites conseguiram definir a rota do vôo do avião.

Buscas podem durar até seis meses

A Marinha americana estima que a varredura da zona vai durar entre seis semanas e dois meses. O voo MH370 deixou Kuala Lumpur no dia 8 de março pela manhã e desapareceu dos radares uma hora depois de decolar da capital da Malásia. A rota da aeronave foi modificada, mas os investigadores ainda não têm pistas concretas sobre o que teria levado o comandante a alterar a trajetória do voo MH370.

*Com a colaboração da correspondente na Austrália, Luciana Fraguas

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