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China/ Hong Kong

Protestos marcam 17 anos da volta de Hong Kong à China

Milhares de pessoas participaram de manifestação nesta terça-feira (1°), no Victoria Park, em Hong Kong, para pedir maior autonomia em relação à China. A data que marca o 17° aniversário do retorno da ex-colônia britânica ao domínio chinês. A passeata seguiu até o distrito financeiro de Central, onde a Federação de Estudantes de Hong Kong anunciou que vai passar a noite acampada em frente ao Conselho Legislativo.

Protesto nas ruas de Hong Kong em defesa de umaautonomia local em relação ao governo chinês. 01 de julho de 2014.
Protesto nas ruas de Hong Kong em defesa de umaautonomia local em relação ao governo chinês. 01 de julho de 2014. REUTERS/Bobby Yip
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Luíza Duarte, correspondente da RFI em Hong Kong

“Pela democracia, pela autonomia, pelo nosso próprio futuro – venha para as ruas e peça que o governo enfrente as demandas da população”, foi a mensagem da Frente Civil de Direitos Humanos, principal organizador do evento que acontece todos os anos.

O tamanho da mobilização deste ano reflete a crescente insatisfação dos hong congueses com os planos da China para a ilha. No domingo (29), foi encerrado um referendo extraoficial sobre uma reforma eleitoral na região. A votação, conduzida pelo movimento pró-democracia Occupy Central, foi considerada ilegal por Pequim.

Quase 800 mil pessoas participaram dessa consulta pública de dez dias, que mediu a adesão à proposta de instituição do voto direto para a escolha do chefe do executivo local, nas próximas eleições de 2017. Atualmente, os eleitores só podem optar entre candidatos pré-aprovados por um comitê de seleção alinhado ao Partido Comunista Chinês.

A autoridade máxima local, o chefe do executivo, Leung Chun-ying, deve submeter à China até o final desse ano uma proposta de reforma eleitoral. De acordo com o resultado do referendo, 88% dos eleitores querem que o Conselho Legislativo vete qualquer projeto de reforma apresentado pelo governo, que não esteja dentro das normas internacionais democráticas.

No dia 10 de junho, um documento apresentado por Pequim e chamado de “papel branco” reafirmou a autoridade do país sob Hong Kong, negando sua plena autonomia. Desde 1997, quando se tornou uma região administrativa especial da China, a ilha funciona sob o modelo de “um país dois sistemas” e possui um poder judiciário independente, que garante aos habitantes locais certas liberdades vetadas aos chineses.
 

 

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