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Estados Unidos/Iraque

Obama autoriza ataques aéreos no Iraque para evitar "genocídio"

O presidente americano, Barack Obama, autorizou ataques aéreos pontuais para conter o avanço dos jihadistas no norte do Iraque e evitar um "genocídio potencial". O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8), depois de uma reunião do gabinete de segurança nacional. Obama prometeu que os Estados Unidos não se envolveriam em uma nova guerra.

O presidente americano Barack Obama faz um discurso sobre o Iraque
O presidente americano Barack Obama faz um discurso sobre o Iraque REUTERS/Larry Downing
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Segundo Obama, o envio de tropas terrestres está descartado. Ele lembrou que, em 2008, fez uma campanha para colocar fim à guerra no Iraque, iniciada pelos Estados Unidos em 2003, mas ressaltou que o governo americano tem a responsabilidade e a capacidade para evitar um massacre. "Precisamos continuar vigilantes", disse Obama.

O presidente especificou que o objetivo é proteger cidadãos americanos em Erbil, capital da região semi-autônoma do Curdistão iraquiano, onde há um consulado dos Estados Unidos, e Bagdá, onde fica a embaixada americana. Os jihadistas estariam a cerca de meia hora de Erbil e já controlam uma passagem na fronteira com o Curdistão, a cerca de 30 minutos da cidade, onde estão instaladas diversas empresas.

"Em uma situação como essa, a população está à mercê da violência", afirmou. "Devemos agir com cuidado e responsabilidade para evitar um genocídio potencial", disse o presidente americano, qualificando os jihadistas de "bárbaros".

Estados lançam pacotes de ajuda humanitária

De acordo com o Departamento de Defesa, os Estados Unidos jogaram 72 pacotes com alimentos e água potável na região de Sinjar. Os aviões americanos, um C-17 e dois C-130, foram escoltados pelo caça F/A-18 Hornet. Já os ataques aéreos serão utilizados em caso de ameaça contra cidadãos americanos no Iraque em geral.

Intervenção é a primeira desde 2011

A intervenção será a primeira no Iraque desde a retirada das tropas americanas em 2011 e também poderá ser acionada em apoio às forças curdas e iraquianas. Elas combatem o Estado Islâmico nas montanhas de Sinjar, onde dezenas de milhares de civis da minoria Yazidi se refugiaram.

A tomada de Karacoch, uma cidade do norte do Iraque que abrigava a maior comunidade cristã do país, também levou ao êxodo da população. Os jihadistas destruíram igrejas e manuscritos históricos.
 

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