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Israel/Palestina

Israel e Hamas determinam trégua de 72 horas em Gaza

Israelenses e palestinos aceitaram neste domingo (10) a proposta de um novo cessar-fogo de 72 horas na Faixa de Gaza, apresentada pelo Egito. Com isso, a partir do primeiro minuto desta segunda-feira, no horário local, estão suspensos temporariamente os ataques que já causaram a morte de 1919 palestinos. Três quartos deles, civis, de acordo com a ONU.

Tanque israelense manobra próximo à fronteira com a Faixa de Gaza
Tanque israelense manobra próximo à fronteira com a Faixa de Gaza REUTERS/Amir Cohen
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Durante essa trégua, a diplomacia egípcia pede que as duas delegações redobrem os esforços para obter um acordo de paz duradouro. Em entrevista concedida à AFP, o chefe do Hamas Khaled Meshaal afirmou que a trégua é "um dos caminhos ou táticas para levar a negociações bem sucedidas ou para facilitar a entrega de ajuda humanitária" às áreas atingidas. Mas, de acordo com ele, a extensão do cessar-fogo é condicionada ao fim do embargo imposto por Israel contra a Faixa de Gaza.

Interesses inconciliáveis

As negociações indiretas entre Israel e o grupo palestino composto por membros do Hamas, mas também da Jihad Islâmica e do Fatah, se intensificaram nos últimos dias, mas sob forte tensão. Principalmente depois do fim da última trégua, de três dias, que expirou na manhã de sexta-feira.

Israel, que é irredutível quanto a seu objetivo de acabar com a capacidade militar do Hamas, acusou o grupo islâmico de romper o acordo atirando foguetes contra seu território. E o Hamas afirma que nenhum acordo definitivo é possível sem que seja retirado o bloqueio que estrangula a economia de Gaza desde 2006.

Mais mortos

As hostilidades recomeçaram na sexta, ainda que em menor intensidade do que nos dias anteriores. Durante o fim de semana, ao menos 18 palestinos morreram, quatro neste domingo, em 160 ataques israelenses. Entre eles, uma criança de 11 anos, que foi baleada pelo exército dentro do campo de refugiados de al-Fawar. Também neste fim de semana, 110 foguetes atingiram o sul de Israel, sem deixar nenhuma vítima.

Do ponto de vista político, o premiê israelense Benjamin Netanyahu, impulsionado pelo forte apoio interno à operação Limite Protetor, procura demonstrar que não faz concessões ao Hamas, mas já declarou que espera que a Autoridade Palestina "tenha um papel" na reconstrução de Gaza. Já o Hamas procura transformar o sofrimento causado pelos ataques em apoio político para a resistência armada.

 

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