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Morte/Gaza

Jornalista italiano morre em explosão de míssil israelense em Gaza

Seis pessoas morreram nesta quarta-feira (13) durante uma operação para tentar desarmar um míssil israelense na Faixa de Gaza que não havia sido detonado. Entre eles, estava o repórter italiano Simone Camilli e três especialistas dos serviços de segurança palestinos.

O repórter Simone Camilli, de 35 anos, produzia reportagens para a agência americana Associated Press desde 2005.
O repórter Simone Camilli, de 35 anos, produzia reportagens para a agência americana Associated Press desde 2005. REUTERS/Khalil Hamra/AP Photo/Handout via Reuters
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O italiano Simone Camilli, de 35 anos, produzia reportagens para a agência norte-americana Associated Press (AP) desde 2005. Ele é o primeiro jornalista estrangeiro morto na atual fase da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

Em um comunicado divulgado nesta tarde, o governo italiano confirmou a morte de Camilli, classificando-a como “uma tragédia para sua família e o país”. “Mais uma vez um repórter é vítima de uma guerra que dura muitos anos”, declarou a chefe da diplomacia italiana Federica Mogherini, completando que "a morte do jornalista mostra que é urgente chegar a uma solução a este conflito no Oriente Médio".

A forte explosão em Beit Lahya, no norte de Gaza, também deixou seis pessoas feridas, entre elas o fotógrafo palestino Hatem Moussa, que trabalha para a AP.

Depois de dois dias de calma devido ao cessar-fogo de 72 horas na Faixa de Gaza, o incidente alerta para o perigo que vivem os moradores da região. Muitos mísseis, munições e bombas não detonadas são frequentemente encontradas nas ruínas de Gaza.

De acordo com a ONG Repórteres sem Fronteiras, ao menos 12 jornalistas palestinos morreram na cobertura do conflito, o mais violento desde 2005. Desde o dia 8 de julho, mais de 2 mil palestinos - a maioria civis - e 67 israelenses morreram na região.

Cessar-fogo termina hoje

O cessar-fogo de 72 horas termina hoje à meia-noite, no horário local. Representantes israelenses e palestinos retomaram as negociações no Cairo, no Egito, para tentar chegar a um acordo que permita prolongar a trégua. As discussões acontecem na sede do serviço de informações egípcios. Os mediadores se alternam entre as duas salas onde estão instaladas as delegações, que nunca se encontraram.

O chefe do grupo palestino, Azzam Al-Ahmed, afirmou ontem à noite que houve progressos, mas não o suficiente para permitir a assinatura de um acordo. “A situação é muito delicada, mas esperamos resolvê-la até a meia-noite de hoje”, disse.

A delegação israelense esteve em Tel Aviv ontem à noite para consultar o governo, mas voltou nesta manhã ao Egito para dar continuidade às negociações. De acordo com uma autoridade de Israel, um acordo já teria sido aceito pelas duas partes, mas falta a assinatura do Hamas para oficializá-lo.

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