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Estados Unidos/Iraque

"Devemos estar prontos para tudo", diz ministro americano da Defesa sobre Estado Islâmico

Dois dias depois da divulgação do vídeo da decapitação do jornalista James Foley pelos jihadistas do Estado Islâmico, o ministro da Defesa americano Chuck Hagel afirmou, em uma entrevista coletiva, que o grupo "é uma ameaça que vai além de um grupo terrorista". Hoje os Estados Unidos também lançaram seis ataques contra posições dos jihadistas em território iraquiano.

O jornalista James Foley em Tripoli, em maio de 2011.
O jornalista James Foley em Tripoli, em maio de 2011. REUTERS/Louafi Larbi
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De acordo com o ministro americano da Defesa, "o Estado Islâmico vai além de tudo o que se conhece em termos de terrorismo". "Ele alia ideologia e conhecimento militar sofisticado, tanto tático quanto estratégico. E é extremamente bem financiado. " Ele lembrou que os países ocidentais "devem estar prontos para tudo".

Nesta quinta-feira, o Pentágono também revelou ter feito uma tentativa de salvar os reféns do Estado Islâmico em julho, mas a operação falhou e terminou em um tiroteio com os jihadistas, já que o jornalista e os outros ocidentais detidos não estavam no local, que se revelou uma falsa pista. No vídeo da decapitação de James Foley, os extremistas também ameaçam executar um outro refém americano, o jornalista Steven Sotloff.

Na quinta-feira, as forças armadas americanas anunciaram seis novos ataques contra os jihadistas perto da barragem estratégica de Mossul, a segunda maior cidade do país, que foi retomada no domingo pelas forças curdas e iraquianas.

Segundo o general Martin Dempsey, que participou da coletiva, a ação no norte conseguiu frear em parte o avanço do Estado Islâmico. De acordo com ele, a derrota do grupo também depende de uma ação concomitante na Síria. Para Dempsey, os extremistas " ainda podem ser dominados".

Desde o início dos bombardeios americanos no dia 8 de agosto, mais de 90 ataques atingiram o Iraque, sendo que 57 deles ocorreram em torno da barragem.

Estado Islâmico pediu resgate por Foley

Os sequestradores do jornalista americano James Foley pediram um resgate de € 100 milhões pela sua liberação. A informação foi dada nesta quinta-feira pelo jornal GlobalPost, para quem o jornalista trabalhava como free-lance. Foley enviava reportagens para o site quando foi capturado em novembro de 2012 na Síria. Mas as negociações não avançaram. Segundo o site, "não havia uma real intenção de negociar" e os jihadistas se mantiveram silêncio até a família receber uma mensagem avisando que ele seria morto.

França pede mobilização internacional

O presidente francês, François Hollande, pediu nesta quinta-feira uma "grande mobilização internacional" para enfrentar o Estado Islâmico. "Não se trata apenas de um grupo terrorista disperso, com vários chefes. É uma empresa terrorista que decidiu aniquilar, destruir, dominar", disse Hollande à imprensa durante uma visita à ilha da Reunião. "Se o mundo não se organizar contra esse grupo, haverá outras imagens assustadoras como essa", declarou, lembrando da sua proposta para organizar uma conferência contra o Estado Islâmico e pela segurança do Iraque.

 

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