Escassez de alimentos ameaça países atingidos pelo Ebola
Como se não bastassem as mortes provocadas pelo vírus Ebola, a ONU agora está preocupada com a escassez de alimentos nos países africanos atingidos pela epidemia. O alerta foi feito nesta terça-feira (2) pela Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
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Vários fatores provocam esse temor sobre a segurança alimentar no oeste do continente africano. As restrições de viagens e a quarentena imposta aos habitantes da Guiné, Libéria e Serra Leoa, os três países mais atingidos pela epidemia do Ebola, atrapalharam a colheita e a comercialização de alimentos. Isso provocou “pânico nas compras, falta de alguns produtos e forte aumento dos preços, principalmente nos centros urbanos" alertou hoje a FAO.
Na Monróvia, capital da Libéria, por exemplo, o preço da mandioca subiu 150% nas primeiras semanas de agosto, informa o comunicado. A FAO lançou um alerta especial por causa da falta de mão de obra para a colheita de arroz e milho que deve começar em breve na região.
Operação de emergência
Para atender a demanda imediata, o Programa Alimentar Mundial (PAM) prepara uma operação de emergência e vai enviar 65 mil toneladas de alimentos a 1,3 milhão de pessoas nos três países atingidos.
O vírus Ebola matou até agora 1550 pessoas, entre os 3.069 casos detectados na Libéria, Guiné e Serra Leoa. O vírus também atinge outros países africanos como a República Democrática do Congo onde o número de mortos subiu hoje para 31, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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