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Iraque/Turquia

Grupo de 49 reféns turcos, detido pela facção EI no Iraque, foi libertado

Os 49 turcos que foram detidos no último mês de junho pelo grupo Estado Islâmico, no norte do Iraque, foram libertados e já chegaram à Turquia neste sábado (20). O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu garante que não houve pagamento de resgate. A libertação complica a posição de Ancara em não participar da coalizão internacional contra os extremistas da organização EI.

O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu embarca em seu avião com os réfens libertados neste sábado (20), na fronteira entre a Turquia e a Síria.
O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu embarca em seu avião com os réfens libertados neste sábado (20), na fronteira entre a Turquia e a Síria. AFP PHOTO/BULENT KILIC
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Os 49 reféns turcos foram libertados exatamente 100 dias após terem sido capturados em Mossul, no norte do Iraque. Eles foram entregues nas primeiras horas deste sábado (20) às autoridades turcas num vilarejo na fronteira com a Síria, perto da cidade síria de Raqqa que sedia o quartel-general do grupo Estado Islâmico.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, que visitava o Azerbaijão, antecipou sua volta ao país para receber os reféns. Ele explicou que a libertação foi fruto de uma longa negociação feita pelos serviços secretos e que não houve nenhuma operação especial de forças militares para resgatar o grupo. O premiê também garantiu que não houve pagamento de resgate.

O presidente Recep Erdogan elogiou os serviços de informação turcos dizendo que eles “merecem uma medalha” por essa libertação.

Ancara não participa da coalizão contra o grupo EI

Com essa libertação, Ancara perde o principal argumento que usava para justificar sua não participação na coalizão internacional contra os extremistas do movimento islâmico no Iraque e na Síria. A Turquia, que tem uma grande fronteira com a Síria, é solicitada com insistência por seus aliados a ajudar a acabar com o grupo Estado Islâmico.

Também neste sábado, as autoridades turcas informaram que desde a tarde de sexta-feira (19), quando a fronteira entre os dois países foi aberta, mais de 45 mil curdos sírios se refugiaram na Turquia.

Combatentes turcos na Síria

Ao menos 300 combatentes curdos, vindos da Turquia, chegaram hoje à Síria para ajudar os integrantes da comunidade curca síria a lutar contra os jihadistas do grupo EI. Eles estão em Aïn al-Arab, terceira cidade curda da Síria ameaçada pelo grupo extremista islâmico, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. 
 

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