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Estados Unidos/Terrorismo

EUA mantém ataques contra jihadistas na Síria após coalizão ser ampliada

Os Estados Unidos lançaram na noite desta sexta-feira para sábado (27) novos ataques aéreos na Síria contra o grupo Estado Islâmico. Os bombardeios aconteceram horas depois do anúncio de que mais três países ocidentais vão se juntar à coalizão internacional de combate aos jihadistas.  

Imagens divulgadas pelo Departamento americano da Defesa mostram uma refinaria na Síria controlada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico antes e depois de um bombardeio no dia 25/09/2014.
Imagens divulgadas pelo Departamento americano da Defesa mostram uma refinaria na Síria controlada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico antes e depois de um bombardeio no dia 25/09/2014. Foto: REUTERS/EUA Departamento da Defe
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"Operações aéreas estão em curso na Síria", declarou na noite de sexta-feira, em Washington, um responsável americano da Defesa, sem dar detalhes da quantidade de ataques, dos alvos visados ou da participação eventual de outros países. O responsável, que pediu anonimato, confirmou que as operações na Síria se tornaram "praticamente contínuas".

O Reino Unido, a Dinamarca e a Bélgica decidiram integrar a coalizão e participar dos ataques no Iraque, mas não na Síria. Em Londres, a maioria dos deputados aprovou ontem a moção apresentada pelo primeiro-ministro David Cameron que apelou a "destruir uma rede da morte", termo usado pelo presidente americano Barack Obama na tribuna da ONU, em Nova York.

O texto autoriza ataques aéreos no Iraque e deixa claro que Londres não irá enviar nenhum soldado britânico nas áreas de combate. Com o sinal verde, seis caça-bombardeiros Tornado, baseados em Chipre, poderão entrar em ação rapidamente.

Na Bélgica, o Parlamento também aprovou a intervenção, mas somente no Iraque. Seis aviões de combate F-16 deixaram o país em direção à Jordânia. Segundo o ministro belga da Defesa, Pieter De Crem, os aviões poderão intervir "a partir deste sábado". A Dinamarca anunciou na sexta-feira o envio de sete caças F-16 ao Iraque para participar da ofensiva contra o grupo Estado Islâmico.

França ainda estuda estender ataques à Síria

Até então, somente a França participava dos ataques aéreos ao lado dos Estados Unidos no Iraque. Mas Paris avalia também a possibilidade de estender suas ações à Síria. Oito dias depois do início das operações francesas, a divisão de tarefas é considerada desequilibrada.

A França realiza dois ataques diários e tem feito dezenas de voos de reconhecimento desde o dia 15 de setembro. Já os Estados Unidos contabilizam 200 ataques desde o dia 8 de outubro, entre a Síria e o Iraque.

Se no início o engajamento francês na Síria estava descartado, atualmente a possibilidade está sendo discutida, como sugeriu o próprio ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian. O governo francês quer ter garantias de que os ataques da coalizão internacional na Síria não beneficiem o regime do presidente Bashar al-Assad. O objetivo de Paris é o de reforçar a "oposição moderada" síria.

Alvos: instalações petrolíferas

Até os ataques da noite desta sexta-feira (26), os bombardeios tiveram como alvos instalações petrolíferas controladas por jihadistas do grupo Estado Islâmico em Deir Ezzor, no leste da Síria, de acordo com a ONG Observatório sírio de Direitos Humanos. Outro alvo dos ataques foi um centro de comando dos jihadistas perto de al-Mayadine, na mesma província.

Militantes indicaram que as atividades de extração em seis campos petrolíferos foram interrompidas pelo grupo ultrarradical em Deir Ezzor pelo temor de novos ataques. Fontes locais ouvidas pela AFP afirmam que intermediários usados pelo grupo Estado Islâmico para vender petróleo aos países vizinhos do Iraque e da Síria não vão mais aos campos por medo dos bombardeios.

A atividade renderia entre 1 e 3 milhões de dólares por dia aos jihadistas. Ao atingir as instalações petrolíferas, a coalizão internacional pretende cortar uma das principais fontes de recursos financeiros dos jihadistas.

 

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