Estudantes de Hong Kong aceitam dialogar com governo
O chefe do executivo local, Leung Chun-ying, anunciou na noite desta quinta-feira (2) que não vai se demitir, como vêm exigindo os manifestantes que ocupam vários setores da cidade desde o último fim de semana. No entanto, deu um sinal de abertura afirmando que seu adjunto organizará uma reunião com os líderes estudantis. Os estudantes aceitaram a proposta.
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O governo de Hong Kong respondeu com firmeza ao ultimato dos líderes estudantis que exigiam a demissão do chefe do executivo local antes da meia-noite de hoje (2). Leung Chun-ying excluiu a possibilidade de deixar o cargo e ameaçou os manifestantes: se o acesso aos prédios públicos continuarem bloqueados, as consequências poderão ser graves. Teme-se que a polícia possa intervir de forma violenta, com balas de borracha e gás pimenta.
Chun-ying falou alguns minutos antes da expiração do ultimato lançado pelos líderes estudantis que exigem sua partida do governo por considerá-lo uma "marionete" da China e exigem direitos democráticos na região autônoma; entre eles, que a população possa eleger seus dirigentes. Um dos estopins do movimento foi a decisão da China de pré-selecionar candidatos para as eleições para o comando de Hong Kong, em 2017.
Em um único sinal de abertura, Leung Chun-ying disse que seu adjunto, Carrie Lam, organizará uma reunião com os estudantes para discutir reformas políticas. Nenhuma data, no entanto, foi definida.
Desbloqueio
A ocupação dos prédios públicos tornou-se um pesadelo para o executivo: "Três mil responsáveis da administração governamental
farão de tudo para voltar a trabalhar na sexta-feira (3). Para manter os serviços públicos, a sede do governo deve funcionar normalmente", declarou o governo em um comunicado.
Apoio britânico
O vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg anunciou que o Reino Unido, antiga potência colonial de Hong Kong, vai convocar o embaixador da China em Londres ainda esta semana "para expressar sua preocupação e consternação".
Em um comunicado, Clegg afirmou que está preocupado porque " Pequim parece determinada a recusar ao povo de Hong Kong o que ele pode esperar de forma legítima, ou seja, eleições livres".
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