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Hong Kong/Protestos

Manifestantes deixam alguns bairros de Hong Kong, mas protestos continuam

Os organizadores dos protestos populares que tomam conta das ruas de Hong Kong pediram neste domingo (5) que os manifestantes, espalhados até então em diferentes zonas da cidade, se reúnam apenas no centro do bairro financeiro. Os líderes da mobilização temem a intervenção da polícia. As autoridades exigem que as barreiras instaladas pelos opositores sejam retiradas até segunda-feira.

Manifestantes continuam usando o guarda-chuva como símbolo do protesto em Hong Kong.
Manifestantes continuam usando o guarda-chuva como símbolo do protesto em Hong Kong. REUTERS/Bobby Yip
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Os organizadores anunciaram que pretendem deixar o bairro comercial de Mong Kok, na parte continental de Hong Kong, para se concentrar em Admiralty, zona onde se situam os ministérios. O movimento Occupy Central também decidiu liberar Lung Wo Road, uma das avenidas principais da região administrativa, para que a população possa chegar ao trabalho nesta segunda-feira (6).

No entanto, as organizações de estudantes se mostraram céticas diante do anúncio, alegando que a concentração em um único bairro pode enfraquecer o movimento. “Nós não fizemos nenhum pedido de retirada” dos locais ocupados, afirmou o grupo Scholarism por meio de um comunicado. Apesar da divisão entre os líderes do movimento, milhares de pessoas continuavam reunidas na noite de domingo em Admiralty, exigindo a demissão de Leung Chun-ying, chefe do executivo local.

Chun-ying declarou que vai “tomar todas as medidas necessárias para restabelecer a ordem pública” e liberar as regiões ocupadas. Apesar de não ter feito nenhuma ameaça direta aos manifestantes, o chefe do poder local reiterou que os sete milhões de habitantes de Hong Kong poderão “retomar uma vida normal”.

As ruas de vários bairros de Hong Kong estão tomadas há uma semana por manifestantes que protestam contra a decisão de Pequim de limitar o número de candidatos e interferir na futura eleição para o chefe de governo do ex-território britânico, que foi repassado à tutela chinesa em 1997. A mobilização vem sendo chamada de "Revolução do Guarda-Chuvas", acessório que virou escudo dos manifestantes contra o spray de pimenta usado pela polícia.

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