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Síria/EI

Grupo EI recua em Kobane após ataques, mas ainda mantém posições

Os combatentes extremistas que lutam para se apoderar de Kobane  cidade curda na fronteira com a Turquia, se retiraram de diversos bairros com os bombardeios da coalizão internacional. Mesmo assim, ainda ocupam o leste e o sul da periferia. 

Curdos observam da fronteira com a Turquia os ataques do grupo Estado Islâmico em Kobane na terça-feira, 7 de outubro de 2014.
Curdos observam da fronteira com a Turquia os ataques do grupo Estado Islâmico em Kobane na terça-feira, 7 de outubro de 2014. AFP/Aris Messinis
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O diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, afirmou nesta quarta-feira (8) que os jihadistas foram obrigados a fugir de certas áreas do leste de Kobane e da periferia do sudoeste. Os ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos fizeram vítimas no grupo e destruíram quatro de seus veículos, no mínimo, segundo Rahmane.

Mas mesmo se os jihadistas não estão mais presentes no oeste da terceira cidade curda mais importante da Síria, ainda ocupam posições no leste e no sul da periferia.

Invasão

O grupo Estado Islâmico invadiu Kobane na noite de segunda-feira (6), depois de três semanas de combates com os curdos nos arredores da cidade.

Os confrontos na noite de ontem (7) foram de extrema violência, 24 horas depois da entrada na cidade dos ultrarradicais. O Observatório Sírio estima que a cidade está sendo palco de uma "guerrilha urbana", que já deixou mais de 400 mortos.

Protestos na Turquia

A situação em Kobane provocou uma onda de protestos nas ruas da Turquia. Militantes pró-curdos reclamam da passividade de Ancara no combate aos jihadistas. Na terça-feira (7), conflitos violentos com a polícia deixaram 14 manifestantes mortos, segundo o último balanço divulgado.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou que Kobane está a ponto de cair totalmente nas mãos dos jihadistas e defende uma operação militar terrestre contra os inimigos.

O enviado especial da ONU na Síria, Staffan de Mistura, disse em Genebra que a comunidade internacional deve deve agir imediatamente para não deixar mais uma cidade ser conquistada pelo grupo.

Os Estados Unidos classificaram os confrontos em Kobane como aterrorizantes. Washington declarou que o objetivo principal é evitar que o grupo Estado Islâmico faça da cidade um novo santuário.

O presidente Barack Obama se reúne na tarde desta quarta-feira no Pentágono com comandantes das Forças Armadas para discutir novos ataques contra os jihadistas no Iraque e na Síria.

Canadá, novo aliado

O Canadá vai iniciar sua participação na coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico. O parlamento do país aprovou nesta terça-feira (7), em uma votação apertada, o envio de aviões de caça e de aproximadamente 600 soldados ao Iraque.

A previsão é de que a participação dure seis meses, com possibilidade de se estender também para a Síria.
O primeiro-ministro, Stephen Harper, prometeu não enviar tropas terrestes para a luta, mas lembrou que a ameaça é real. No mesmo dia, o SITE - grupo americano que monitora as atividades dos islamistas radicais na internet - confirmou que o temor do primeiro-ministro é justificado: o grupo afirmou que um combatente do EI, chamado Abou Khalid Al Kanadi, havia pedido no Twitter a organização de ataques contra o Canadá.

A Casa Branca recebeu com satisfação a decisão do governo canadense.

 

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