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Iraque/Estado Islâmico

Bombardeio pode ter atingido chefe do grupo Estado Islâmico

A coalizão militar comandada pelos Estados Unidos bombardeou altos dirigentes do grupo Estado Islâmico. De acordo com canais árabes de televisão, o autoproclamado califa Abu Bakr al-Baghdadi, teria sido ferido ou mesmo morto nos ataques. No entanto, o exército americano não confirmou se o líder da organização terrorista participava da reunião de cúpula que acontecia perto de Mossul, uma das duas cidades controladas pelos ultra-radicais no Iraque.

Caças americanos se preparam na pista de decolagem de um porta-aviões para bombardear o Estado Islâmico
Caças americanos se preparam na pista de decolagem de um porta-aviões para bombardear o Estado Islâmico REUTERS/U.S. Navy/Mass Communication Specialist 3rd Class Robert
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Em comunicado emitido pelo Comando Americano para o Oriente Médio e a Ásia Central (Centcom), "os aparelhos da coalizão conduziram uma série de ataques aéreos no Iraque na noite de sexta-feira (7) contra o que avaliamos ser uma reunião de dirigentes do Estado Islâmico em Mossul". O bombardeio destruiu "um comboio de veículos composto de dez caminhos armados do EI", mas o comunicado não informa se o ataque foi efetuado por aeronaves americanas ou de outros países da coalizão.

Desde agosto, as forças internacionais bombardeiam quase diariamente posições islamitas no Iraque. No final de setembro, a operação se estendeu para a Síria, onde o grupo sunita ultrarradical também se apoderou de grandes territórios. Na sexta-feira, o exército americano anunciou o envio de 1.500 conselheiros militares ao Iraque, uma decisão que foi comemorada por Bagdá, apesar de ser considerada tardia pelo primeiro ministro Haidar al-Abadi.

Este reforço dobra o contingente americano de conselheiros no país, apesar de os Estados Unidos terem se retirado militarmente do país em dezembro de 2011. Este tipo de profissional é de suma importância, já que a ofensiva dos jihadistas mostrou a fragilidade das forças locais. Muitos soldados e policiais iraquianos simplesmente abandonaram seus postos em pânico, deixando para trás armas e um enorme arsenal de veículos militares americanos. Com o apoio da coalizão, as forças iraquianas voltaram a se reorganizar, mas ainda penam para recuperar as áreas ocupadas pelos extremistas.

Outras ações

No norte da Síria, os últimos bombardeios visaram um campo petrolífero, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A ideia de ataques como esses é asfixiar economicamente o grupo Estado Islâmico, considerado pelos Estados Unidos "a organização terrorista mais bem financiada do mundo". A extração de petróleo, vendido no mercado negro, rende US$ 1 milhão por dia ao grupo, de acordo com estimativa do Tesouro americano.

No sábado, Bagdá voltou a ser palco de atentados com carros-bomba, que mataram mais de 33 pessoas e feriram pelo menos 100 em bairros de maioria chiita. Esse tipo de atentado frequentemente praticado pelo grupo Estado Islâmico, que considera os chiitas hereges, virou quotidiano na vida dos moradores da cidade.

 

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