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Papa/G20/Terrorismo

Papa Francisco escreve ao G20 para denunciar apoio a jihadistas

O papa Francisco enviou uma carta aos líderes do G20, que se reúnem esta semana na Austrália, pedindo que os chefes de Estado e de governo do grupo se mobilizem para conter a ação dos jihadistas no Oriente Médio. O sumo pontífice afirma que a solução para a crise no Iraque e na Síria não deve ser apenas militar e pede que medidas concretas sejam tomadas para evitar o recrutamento de terroristas, que receberiam o apoio do comércio ilegal de petróleo e de armas.

O papa Francisco pediu que líderes do G20 se unam contra grupo Estado Islâmico
O papa Francisco pediu que líderes do G20 se unam contra grupo Estado Islâmico REUTERS/Tony Gentile
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A carta foi enviada nesta terça-feira (11) ao primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, que organiza nos dias 15 de 16 de novembro em Brisbane a reunião de cúpula. “O mundo espera do G20 um acordo mais amplo que possa resultar, por meio de um sistema legal das Nações Unidas, no fim definitivo da agressão injusta no Oriente Médio contra diferentes grupos religiosos e étnicos, inclusive minorias”, escreveu o papa Francisco.

Fazendo referência à ação do grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, o sumo pontífice afirmou que “a solução não pode ser exclusivamente militar”. Para ele, é preciso antes de mais nada cessar o apoio dado aos terroristas que beneficiariam do “comércio ilegal de petróleo e do fornecimento de armas e tecnologias”. Na carta, o chefe da igreja católica pede que os líderes do G20 não se contentem em fazer “declarações de princípio”.

O Papa também denunciou o que considera como “formas de agressão menos evidentes, mais igualmente reais e graves”, como os “abusos do sistema financeiro". Francisco lembrou que a exclusão econômica e social, principalmente o desemprego dos jovens, favorece a “atividade criminosa e até o recrutamento de terroristas”.

Essa não é a primeira vez que o papa envia uma carta aos líderes do G20. Durante a reunião de cúpula de São Petersburgo, em setembro de 2013, o sumo pontífice escreveu ao presidente russo Vladimir Putin pedindo que os participantes abandonassem a tentativa de soluções militares no conflito sírio.

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