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Senegal/Nigéria

Hollande exorta líderes a lutar contra "barbárie terrorista" na África

O presidente francês, François Hollande, exortou neste sábado (29) os líderes africanos a se unirem "contra a barbárie" no continente, um dia depois de um duplo atentado a bomba deixar 120 mortos e 270 feridos na Nigéria. O ataque sangrento, não reivindicado, visou um templo muçulmano do norte do país. As autoridades locais suspeitam do grupo extremista islâmico Boko Haram.

François Hollande cumprimenta o senegalês Abdou Diouf, presidente da conferência de países de língua francesa, neste sábado (29), em Dacar.
François Hollande cumprimenta o senegalês Abdou Diouf, presidente da conferência de países de língua francesa, neste sábado (29), em Dacar. REUTERS/Mamadou Gomis
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"Esse atentado mostra que devemos combater o terrorismo unidos e os riscos que o fundamentalismo representa, especialmente na região do Sahel", declarou Hollande em Dacar, no Senegal. O chefe de Estado francês discursou durante a abertura de uma reunião de cúpula de países que adotam o francês como idioma, na capital senegalesa.

Hollande falou sobre o ambiente instável na África Subsaariana, onde vários países são confrontados à atuação de grupos armados islâmicos. O líder socialista lembrou que o continente vive situações de contraste. Ele citou os casos bem-sucedidos de transição política na Tunísia, que acaba de realizar eleições presidenciais, assim como o processo em curso em Burkina Fasso. O país passou recentemente por uma revolta popular e, sem banho de sangue, afastou do governo o presidente Blaise Compaoré, que ficou no poder durante 27 anos.

Hollande defendeu apoio político e econômico à África, insistindo nas "lições democráticas" da Tunísia, berço da Primavera Árabe, e de Burkina Fasso. "A organização de países de língua francesa se preocupa com o respeito das regras democráticas e constitucionais, com a liberdade de voto e a aspiração legítima dos povos por eleições livres", acrescentou Hollande.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, prometeu hoje "mover céu e terra" para identificar os responsáveis do atentado à mesquita da cidade de Kano. Os Estados Unidos denunciaram uma tentativa dos extremistas de desestabilizar o país africano.

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