Rússia pode levar até dois anos para sair da crise, diz Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu aos russos que vai tira o país da grave crise econômica em, “no máximo dois anos” e aproveitou para acusar os países ocidentais de serem “imperadores” que pretendem ditar os passos a seus vassalos. As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18).
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As declarações de Putin foram feitas logo no início da coletiva de imprensa anual. Respeitando a tradição, o encontro de Putin com a imprensa começou com um pronunciamento sobre os principais acontecimentos do ano e, em seguida, o chefe de Estado respondeu às perguntas dos jornalistas. As últimas edições do encontro duraram, em média, 4 horas.
Nessa quinta-feira (18), Putin falou dos graves problemas econômicos que atingem o país. Provocada por um coquetel explosivo que mistura a queda dos preços do petróleo, principal fonte de recursos da Rússia, e as consequências da aplicação de sanções pelos Estados Unidos e pela Europa, a crise paira como uma grande ameaça em 2015. "Nesse cenário desfavorável para a conjuntura internacional, a situação pode durar dois anos, mas ela pode ser corrigida antes”, disse Putin.
No começo desta semana, a moeda russa sofreu uma desvalorização recorde, caindo 24% em relação a uma cesta de moedas estrangeiras. Numa reunião de emergência ontem, o premiê russo, Dmitri Medvedev reuniu ministros que atuam nas áreas políticas e financeiras, a presidente do Banco Central, Elvira Nabiullini, e empresários.
O mercado teme que a Rússia repita o episódio da crise de 98 e acabe arrastando os países emergentes. As autoridades russas têm, segundo analistas, pouca margem de manobra.
Crise na Ucrânia
Sobre a Ucrânia, Putin não mudou o tom e voltou a acusar as autoridades de Kiev de manter uma operação punitiva contra os rebeldes do leste do país. Ele emendou dizendo então que os “ocidentais se comportam como um império”.
O presidente russo continua muito popular em seu país e recentes pesquisas mostraram que ele tem o apoio e 82% da população.
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