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Ucrânia/Rússia/Sanções

Novas sanções dos EUA e do Canadá contra Rússia pioram tensão com Ucrânia, diz Moscou

A Rússia criticou neste sábado (20) as novas sanções lançadas pelos Estados Unidos e pelo Canadá contra Moscou. O Kremlin afirma que a postura dos dois países ocidentais agrava a crise ucraniana. As declarações são feitas às vésperas da retomada de discussões de paz entre Kiev e os separatistas pró-russos do leste da Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, contestou as novas sanções lançadas pelos Estados Unidos e pelo Canadá contra Moscou.
O presidente russo, Vladimir Putin, contestou as novas sanções lançadas pelos Estados Unidos e pelo Canadá contra Moscou. REUTERS/Alexei Druzhinin
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De acordo com o ministério russo das Relações Exteriores, “as sanções visam perturbar o processo político” na Ucrânia. Em um comunicado, Moscou “aconselha Washington e Ottawa a pensar nas consequências destas ações”.

O presidente norte-americano, Barack Obama, proibiu nesta semana, por meio de um decreto, todas as trocas comerciais com a Crimeia, em protesto contra a anexação da península ucraniana pela Rússia no primeiro semestre. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos também colocou na “lista negra” 24 personalidades ucranianas ou russas, apontadas como membros ativos no conflito. Chefes da república separatista de Donetsk fazem parte dos nomes banidos. Já o Canadá impôs restrições à exportação para a Rússia de tecnologias ligadas à exploração e extração de petróleo.

Para Moscou, os ocidentais deveriam ajudar a resolver o conflito, e não “apoiar o ‘partido da guerra de Kiev’”, em alusão aos líderes ucranianos que se opõem às negociações com separatistas.

Retomada das negociações com separatistas

De passagem pela capital ucraniana na sexta-feira (19), o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, disse que as discussões de paz podem ser retomadas neste domingo. No entanto, um líder separatista indicou que os negociadores pró-russos não estariam prontos antes de segunda-feira.

Apesar da pressão ocidental para colocar um ponto final no conflito que já deixou mais de 4700 mortos desde abril, as negociações de paz entre ucranianos e separatistas, que devem ser retomadas em Minsk, com a participação da Rússia e da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), já foram adiadas várias vezes.

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