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Afeganistão

“A mais longa guerra da história dos EUA termina de maneira responsável”, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou neste domingo (28) o fim da missão de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, mas advertiu que o país continua sendo “um lugar perigoso”. Após 13 anos de trabalho, uma cerimônia discreta, à tarde, em Cabul, marcou simbolicamente o fim das operações da Otan no país. Na prática, a retirada ocorrerá no dia 1º de janeiro de 2015.

Em ato simbólico em Cabul, general americano dobrou a bandeira da operação da Otan no Afeganistão.
Em ato simbólico em Cabul, general americano dobrou a bandeira da operação da Otan no Afeganistão. REUTERS/Omar Sobhani
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“Graças ao extraordinário sacrifício de nossos homens e mulheres de uniforme, nossa missão de combate no Afeganistão está chegando ao fim, e a mais longa guerra da história dos Estados Unidos termina de maneira responsável”, disse Obama, em um comunicado, lembrando que tudo começou com a “perda de 3 mil vidas inocentes em 11 de Setembro”.

O presidente americano disse que os Estados Unidos se tornaram mais seguros e que a presença militar permitiu aos afegãos reconstruir seu país, realizar as primeiras eleições e a primeira transição democrática de sua história. Mas ressalvou que o Afeganistão segue sendo “um lugar perigoso”, o que explicaria o pedido do governo local de que os Estados Unidos e seus aliados mantenham presença militar limitada, segundo Obama.

Restarão 12,5 mil soldados

A partir do dia 1º de janeiro, quando terminará oficialmente a missão, as forças da Otan serão substituídas por 12,5 mil soldados estrangeiros, em sua maioria norte-americana, para apoiar e treinar os 350 mil militares afegãos, que agora realizarão sozinhos as operações antiterroristas contra o Talibã e o que restou do grupo Al Qaeda.

Os detalhes da cerimônia que marcou o fim da operação – e que ocorreu em um quartel-general em Cabul – foram divulgados de última hora pela Otan, para evitar eventuais atentados por parte dos talibãs, que governaram o país entre 1996 e 2001. O grupo atacou a capital do país em diversas ocasiões nos últimos anos e mantêm uma insurreição armada. O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, se manifestou dizendo que “os 13 anos de missão americana e da Otan foram um absoluto fracasso.”

No auge de sua presença militar, em 2011, as forças da Otan contaram com até 130 mil soldados, de 50 países. Pelo menos 2,3 mil perderam a vida nos combates.

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