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Síria/Israel

Irã confirma morte de general em ataque de Israel à Síria

O Irã confirmou nesta segunda-feira (19) a morte de um general dos Guardiães da Revolução, o exército de elite do regime, durante um ataque aéreo realizado no domingo contra uma província síria nas proximidades das Colinas do Golã. O bombardeio deixou outros seis mortos, todos eles membros do Hezbollah libanês.

Tropas israelenses patrulham a cidade de Katzrin, nas Colinas do Golã. 19/01/15
Tropas israelenses patrulham a cidade de Katzrin, nas Colinas do Golã. 19/01/15 REUTERS/Baz Ratner
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Em um comunicado publicado no site Sepahnews, os Guardiães da Revolução confirmaram a morte do general "durante ataques de helicóptero do regime sionista visando a região de Kouneitra". "Este general corajoso e membros do Hezbollah foram mortos como mártires", acrescentou a nota, que não menciona outros iranianos mortos na operação.

Uma fonte próxima do partido xiita libanês havia anunciado anteriormente a morte de seis militares iranianos, incluindo oficiais.

O comunicado informa que "o general Allahdadi tinha ido à Síria como conselheiro para ajudar o governo e a nação síria nos combates contra os terroristas takfiris e salafistas". Takfiris é o nome dado aos extremistas sunitas. Segundo os Guardiães da Revolução, o oficial teria fornecido conselhos "determinantes para lutar contra as atrocidades e as conspirações de terroristas e sionistas visando modificar a geografia da Síria".

O Irã é o principal aliado regional do regime sírio. O país fornece apoio político, econômico e militar a Damasco, mas afirma que não envia tropas para combater ao lado do exército sírio. Teerã acusa os países ocidentais, a Arábia Saudita, o Catar e a Turquia de apoiar os rebeldes sírios e de ter favorecido a expansão de grupos jihadistas como o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra.

Ataque contra território sírio

O ataque israelense nas proximidades da Colinas do Golã matou seis integrantes do Hezbollah, entre eles o filho de Imad Moughniyeh, ex-comandante militar do movimento xiita assassinado em 2008. Na região, o exército de Bashar Al-Assad enfrenta os opositores ao regime de Damasco.

O ataque, inicialmente anunciado por fontes libanesas, foi confirmado por Israel. A operação aconteceu três dias após as declarações do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reivindicando o direito do movimento xiita de retaliar os ataques israelenses na Síria.

Em 2006, uma guerra entre o Hezbollah e Israel durou 34 dias. O movimento xiita luta hoje ao lado das forças do regime de Bashar al-Assad. A província de Kouneitra é conhecida como palco de confrontos violentos entre as forças de segurança do regime sírio e os rebeldes sunitas, entre eles a Frente al-Nusra ligada à rede terrorista Al-Qaeda.
 

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