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EUA/Iraque

Estados Unidos consideram "erro" intensificar bombardeios contra jihadistas

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, disse neste domingo (8) que intensificar os bombardeios da coalizão internacional contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) seria um erro. A declaração foi feita durante uma visita do general ao porta-aviões francês Charles de Gaulle.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Martin Dempsey.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Martin Dempsey. REUTERS/Joshua Roberts
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O general Martin Dempsey defendeu uma "calma estratégica" na campanha da aviação aliada - liderada pelos Estados Unidos - contra o grupo ultrarradical no Iraque e na Síria.

"Lançar uma chuva de bombas sobre o Iraque não é a solução", afirmou Dempsey a bordo do navio da marinha francesa que participa da operação contra o EI, desde fevereiro, nas águas do Golfo. Para o comandante americano, um aumento dos bombardeios colocaria em risco a população civil e poderia alimentar a propaganda dos extremistas sunitas. Segundo Dempsey, "é preciso dar o tempo necessário para obter informações precisas sobre eventuais objetivos.

Estratégia militar está condicionada a esforço político

O chefe do Estado-Maior destacou ainda que a frequência dos ataques aéreos depende da capacidade de evolução do exército iraquiano em terra e da disposição de Bagdá para se reconciliar com a população árabe sunita, que não confia nas forças de segurança.

Dempsey descartou o envio de novos soldados ao Iraque, onde 2.600 militares americanos já treinam e aconselham as forças armadas iraquianas na luta contra o EI. O grupo sanguinário e ultrarradical islâmico controla um vasto território que vai do norte do Iraque ao leste da Síria.

Reconquistar a confiança dos sunitas

Um dos motivos que levou os jihadistas a conquistar rapidamente parcelas do território iraquiano, desde junho do ano passado, foi a marginalização da população sunita do norte e oeste do Iraque pelos sucessivos governos que assumiram o poder depois da queda do ex-ditador Saddam Husseim, a maioria xiitas.
No lançamento da ofensiva terrestre do exército iraquiano para reconquistar as cidades de Tikrit e Mossul, na semana passada, o governo iraquiano disse às tropas que a prioridade da operação era proteger os civis e só depois expulsar os jihadistas.

 

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