Marroquinas e turcas protestam por igualdade no Dia da Mulher
Cerca de 10 mil pessoas participaram de uma manifestação neste domingo (8) em Rabat, no Marrocos, para exigir a rápida aplicação da Constituição de 2011, que prevê um Estado que "busque a igualdade" de gênero. O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em várias cidades no mundo com manifestações pela equiparação dos direitos.
Publicado a: Modificado a:
Atendendo à convocação do coletivo batizado de "Paridade e democracia", milhares de mulheres e homens, incluindo dirigentes da oposição, caminharam com calma em direção ao Parlamento. Eles evocaram palavras de ordem críticas ao chefe de governo, Abdelilah Benkirane.
Adotada no contexto da Primavera Árabe, a Constituição de 2011 consagra "a igualdade de direitos" e encoraja o Estado "a promover a paridade" por meio da criação de uma instância especial. Mas, na prática, as mulheres marroquinas ainda estão sujeitas ao conservadorismo e à influência da cultura árabe.
A presidente da Federação da Liga Democrática para os Direitos da Mulher, Fouzia Assouli, denunciou o recuo registrado na área dos direitos da mulheres nos últimos anos no Marrocos.
Uma das organizadoras do protesto, Amina Sabil, declarou à agência AFP que "as mulheres marroquinas querem provar ao mundo que são militantes e não hesitam em ocupar as ruas".
Manifestações pelo mundo
A manifestação realizada São Paulo em defesa do aborto, no Dia Internacional da Mulher, chamou a atenção da imprensa francesa. A revista semanal Le Point e os jornais Libération e La Croix reproduziram informações e imagens da passeata de 3 mil militantes na avenida Paulista.
Algumas mulheres posaram para as câmeras nuas, com o corpo pintado de vermelho sangue, para reivindicar a legalização do aborto, o fim do machismo e da violência
Em Paris havia de 1.700 a 4 mil pessoas nas ruas. O presidente François Hollande lembrou que ainda existem graves desigualdades entre homens e mulheres e direitos para conquistar, na França e no mundo.
Na Turquia, mulheres curdas se manifestaram contra a opressão na localidade de Diyarbakir atrás de uma faixa com o slogan "amor é ser organizado".
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, promulgou em Santiago a lei que cria o Ministério da Mulher e da Igualdade de Gênero, durante cerimônia com seu ministério no Palácio de La Moneda.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro