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Iêmen/Conflito

ONU teme “colapso total” do Iêmen, alvo de bombardeios sauditas

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, declarou nessa terça-feira (31) temer um “colapso total” do Iêmen. Posições das milícias xiitas huthis no país são alvo há seis dias de bombardeios de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita. O ataque por engano ontem (30) de um campo de refugiados no noroeste do Iêmen, que deixou 40 mortos, chocou a comunidade internacional.

Destroços de casas que foram atingidas por um bombardeio perto do aeroporto de Sanaa, capital do Iêmen, nesta terça-feira (31).
Destroços de casas que foram atingidas por um bombardeio perto do aeroporto de Sanaa, capital do Iêmen, nesta terça-feira (31). REUTERS/Khaled Abdullah
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O chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos avalia que a situação no Iêmem é “extremamente alarmante”. Nos últimos quatro dias, dezenas de civis foram mortos e o “país parece estar à beira do colapso total”, escreveu Zeid Ra’ad Al Hussein em comunicado divulgado hoje.

Segundo o Alto Comissariado, desde 27 de março ao menos 93 civis morreram e 364 ficaram feridos na capital Sanaa e em quatro outras cidades iemenitas. A violência em várias regiões do país também provoca o êxodo de centenas pessoas.

Sexto dia de bombardeios

A coalizão formada por dez países árabes e liderada pela Arábia Saudita bombardeia pelo sexto dia consecutivo no Iêmen. Os ataques desta manhã contra Sanaa foram os mais violentos dos últimos dias e visavam posições de militares que se aliaram às milícias xiitas huthis.

Ontem, o campo de refugiados de Al-Mazrak foi atingido por engano pelos aviões da coalizão, no noroeste do país. Ao menos 40 pessoas morreram e 200 ficaram feridas. O ataque chocou o Alto Comissariado da ONU.

Além da ofensiva aérea, navios de guerra egípcios entraram em ação para proteger a cidade de Aden, no sul do país, onde o aeroporto internacional caiu nas mãos dos rebeldes. A Arábia Saudita denuncia o apoio do Irã às milícias xiitas do Iêmen. Teerã previne que este “ataque saudita coloca em risco todo o Oriente Médio” e pede a suspensão imediata das operações militares.

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