Conflito no Iêmen já matou 540 pessoas e feriu 1.700
As forças navais da coalizão árabe lançaram na madrugada desta terça-feira (7) novos bombardeios contra posições dos xiitas huthis em Aden, no sul do Iêmen, a segunda maior cidade do país. Ao menos 18 pessoas morreram. Balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado hoje informa que desde o início dos confrontos, no dia 19 de março, 540 pessoas morreram e mais de 1.700 ficaram feridas no país.
Publicado a:
Além do ataque em Aden, aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardearam a base aérea de Al-Anad, no norte do Iêmen, controlada pelos rebeldes xiitas. Tribos iemenitas e simpatizantes do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, refugiado na Arábia Saudita, combatem, ao lado das forças árabes, as milícias apoiadas pelo Irã.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha recebeu sinal verde da coalizão árabe para levar nos próximos dias 48 toneladas de ajuda humanitária à população civil. A situação humanitária no país é considerada “critica”, chegando a ser “catastrófica” em Aden.
A Cruz Vermelha diz que, por causa da intensificação dos combates na cidade, “os 800 mil habitantes não podem nem fugir”. Segundo a ONG, cadáveres estão abandonados nas ruas e há escassez de alimentos, água, eletricidade e medicamentos.
Isolado do mundo
Os Estados Unidos reconheceram que não conseguem retirar seus cidadãos do Iêmen, porque os aeroportos estão fechados e a única porta de saída é a via marítima, com os navios estrangeiros que circulam no Golfo de Aden.
A Rússia declarou estar decepcionada com o fato que a intervenção árabe acontece sem mandato da ONU. Moscou pede às partes em conflito para cessar a violência e buscar uma solução negociada.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro