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Nepal/Terremoto

Contagem regressiva para Nepal evitar catástrofe sanitária

Cinco dias depois do terremoto que destruiu a capital Katmandu e grande parte do país, o sistema de tratamento de água está afetado e cadáveres começam a se decompor sob os destroços das construções que desabaram. Com  milhares de pessoas dormindo em tendas ou no chão, e sem água potável, o risco de epidemias aumenta a cada hora.

A população do Nepal está sofrendo com a penúria de alimentos, abrigos e água potável.
A população do Nepal está sofrendo com a penúria de alimentos, abrigos e água potável. REUTERS/Athit Perawongmetha
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Nesta quinta-feira (30) a ONU lançou um apelo por fundos de US$415 milhões para ajudar os milhões de sobreviventes em Katmandu e também nas regiões rurais, que estão isoladas. Falta tudo: água potável, comida e remédios. A instituição calcula que cerca de 70 mil casas foram destruídas e 530 mil ficaram danificadas em 39 dos 75 distritos do país.

Preocupante também é saber que as buscas por sobreviventes ainda estão bastante restritas a Katmandu e áreas próximas e que muitos vilarejos que foram atingidos ainda não receberam socorro. Um cenário que deve aumentar o número de vítimas, que já é calculado em 6 mil mortos e 11 mil feridos.

Alerta da Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha anunciou hoje que praticamente todas as casas foram destruídas em algumas cidades e s vilarejos próximos ao epicentro do terremoto. A federação também declarou estar extremamente preocupada com o destino de centenas de milhares de pessoas que ainda não receberam ajuda.

Em Chautara, no distrito de Sindupalchowk, região montanhosa ao nordeste de Katmandu, não ficou uma só casa em pé, o que significa que 40 mil casas caíram, inclusive o hospital local.

Desesperadas, as pessoas cavam os escombros com as próprias mãos na esperança de achar um familiar vivo.

Escaladas no Everest vão recomeçar

Para as autoridades nepalesas, apesar da situação ser trágica, as escaladas no Monte Everest devem ser retomadas a partir da semana que vem, por constituírem uma fonte de renda essencial para o país. A decisão foi anunciada mesmo depois de uma avalanche no sábado passado, que matou 18 pessoas.

O governo local, em plena instabilidade política, reconheceu não ser capaz de enfrentar com eficácia uma tragédia de tal dimensão.

A única boa notícia de hoje foi o salvamento de duas pessoas, um jovem e uma mulher, que estavam sob os escombros de uma pousada desde sábado passado.

 

 

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