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Egito/Justiça

Egito confirma pena de morte contra ex-presidente Mursi

Um tribunal egípcio confirmou nesta terça-feira (16) a condenação à pena de morte do ex-presidente Mohamed Mursi, em julgamento por fuga de presos. O primeiro presidente do Egito eleito democraticamente e deposto em julho de 2013, também foi condenado hoje à prisão perpétua por espionagem. Ele pode recorrer das sentenças.

Tribunal egípcio confirmou nesta terça-feira (16) a pena de morte contra o ex- presidente islamita deposto, Mohamed Mursi.
Tribunal egípcio confirmou nesta terça-feira (16) a pena de morte contra o ex- presidente islamita deposto, Mohamed Mursi. REUTERS/Asmaa Waguih
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A pena de morte contra Mohamed Mursi já havia sido pedida no mês passado. O ex-presidente, que integra o movimento islâmico Irmandade Muçulmana, é acusado por seu envolvimento na fuga coletiva de presos durante a revolta popular que derrubou Hosni Mubarak, em 2011.

A confirmação da sentença hoje aconteceu depois que o tribunal consultou a maior autoridade religiosa do país, responsável pela interpretação da lei islâmica e que tem um papel consultivo.

Prisão perpétua

Em outro julgamento, Mohamed Mursi também foi condenado nesta terça-feira à prisão perpétua por "espionagem". Ele é acusado de ter conspirado com o movimento palestino Hamas, com o Hezbollah libanês e com o Irã contra o Estado egípcio. Nesse mesmo processo, o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, foi condenado à mesma sentença que no Egito equivale a 25 anos de detenção. Três outros integrantes do movimento foram condenados à morte. O tribunal também pronunciou a pena capital, à revelia, para 13 pessoas.

Mursi, que ficou no poder apenas um ano, é julgado em cinco processos. Ele já havia sido condenado a 20 anos de prisão em um julgamento pela violência da polícia contra os manifestantes durante seu curto mandato. Desde sua destituição pelo ex-comandante do exército e atual presidente Abdel Fatah al-Sissi, as forças de segurança lideram uma repressão contra seus partidários e pelo menos 1.400 manifestantes islamitas morreram no país. Mais de 40.000 foram detidos, segundo a organização Human Rights Watch.

Além disso, centenas de pessoas foram condenadas à morte em julgamentos sumários. A repressão se ampliou aos movimentos laicos e de esquerda, que lideraram a revolta de 2011 que expulsou Hosni Mubarak do poder.

(com informações da AFP)
 

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