Turquia lança primeiro ataque contra jihadistas na Síria
As forças aéreas turcas bombardearam na madrugada de sexta-feira várias posições do grupo auto-proclamado Estado Islâmico em território sírio, depois de um confronto entre o exército turco e os jihadistas na fronteira.
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Três dias depois do atentado suicida, atribuído ao grupo extremista, contra os activistas pró-curdos em Suruç, no sul da Turquia, que tirou a vida a 32 pessoas e fez uma centena de feridos, o governo de Recep Tayyip Erdogan lançou o primeiro ataque aéreo com três caças F-16 a bombardear várias posições do grupo Estado Islâmico.
Esta madrugada a polícia turca lançou uma operação em Istambul para deter alegados membros do grupo Estado Islâmico e dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão PKK que resultou em 251 detenções.
O especialista nas questões do Norte de África e Médio Oriente, Raúl Braga Pires, descreve a mudança política do Presidente Recep Tayyip Erdogan como resposta ao atentado de segunda-feira, em Suruc.
"Esta mudança da política externa é não só uma mudança motivada por este último atentado na fronteira síria - é o motivo mais aparente, mas por detrás deste motivo existe a mudança de política externa. Tem muito que ver com os últimos resultados eleitorais e, de certa maneira, Erdogan está a querer ganhar espaço para que; seja com uma coligação governamental, seja com novas eleições ganhar com maioria parlamentar - e sobretudo uma alteração constitucional para que tenha plenos poderes enquanto Presidente", descreveu Raúl Braga Pires.
Especialista nas questões do Norte de África e Médio Oriente, Raúl Braga Pires
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