Confrontos na capital ucraniana
O parlamento da Ucrânia aprovou esta segunda-feira, em primeira leitura, a reforma constitucional que dá uma maior autonomia às regiões separatistas do leste do país. Em frente ao parlamento, um protesto contra a reforma degenerou em confrontos com a polícia.
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Um polícia morreu e cerca de outros 100 polícias e militares ficaram esta segunda-feira feridos depois da explosão de uma granada durante uma manifestação em frente ao parlamento ucraniano em Kiev, na capital da Ucrânia, informaram as autoridades.
O incidente ocorreu durante os confrontos que opuseram a polícia a manifestantes nacionalistas, sobretudo do partido de extrema-direita Svoboda, que estavam a protestar contra a aprovação pelo parlamento, em primeira leitura, da reforma constitucional algo polémica que dá uma autonomia maior aos territórios separatistas do leste do país.
O chefe da polícia de Kiev, Alexander Tereschuk, disse à imprensa que o homem que lançou a granada foi detido.
De referir que as violências ocorreram pouco tempo após a aprovação da lei pelo parlamento. De notar que 265 deputados votaram a favor da lei, quando o mínimo necessário era de 226, numa votação algo conturbada com protestos dos deputados que estavam contra essa lei.
A adopção dessa lei foi exigida pelos aliados ocidentais da Ucrânia para tentar apaziguar o conflito que já originou 6.800 mortos en 16 meses.
O projecto de lei dá mais poderes aos conselhos regionais e locais, sobretudo àqueles controlados pelos rebeldes. Aliás esse mesmo projecto autoriza a constituição de uma polícia popular.
No entanto, em relação às expectativas dos separatistas, não ficou confirmado em definitivo esse estatuto de semi-autonomia dos territórios que eles controlam. Segundo a lei, esse estatuto deve ser determinado por uma lei separada e somente para uma duração de três anos.
Ouça aqui a crónica de Marco Martins.
Crónica sobre o conflito ucraniano
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