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Rússia

Rússia acusada de não visar só o EI na Síria

A intervenção aérea russa na Síria está a gerar controvérsia após as acusações feitas pelas autoridades norte-americanas de que Moscovo não estárá a visar somente alvos do Estado islâmico.

O presidente russo Vladimir Putin
O presidente russo Vladimir Putin AFP FOTO / RIA NOVOSTI / POOL / ALEXEY DRUZHININ
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A força aérea russa continuava hoje pelo segundo dia a atacar alvos terroristas no território sírio depois de ontem ter entrado na luta contra o Estado Islâmico a pedido do presidente Bachar Al-Assad.

Mas as autoridades norte-americanas levantam suspeitas sobre as intenções de Moscovo. O secretário americano da Defesa Ashton Carter considera que os bombardeamentos russos visaram zonas que provavelmente não teriam forças dos jihadistas do Estado Islâmico dando a entender que há outros alvos, nomeadamente da oposição a Al-Assad.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, defende-se julgando infundados os rumores de que os ataques não visam o Estado Islâmico mas reconhece que Moscovo também está a combater outros grupos terroristas.

É que além do EI, os russos terão atacado outros grupos que consideram terroristas mas que não são todos vistos como tal pelas potências ocidentais.

Uma fonte da segurança síria indicou que hoje um dos alvos foi o Exército da Conquista que combate Al-Assad e o EI e que inclui o Al-Nosra, ligado à Al-Qaeda.

Esta coligação financiada pelos países do Golfo tem causado grandes perdas ao exército sírio no noroeste do país e tentado atacar o litoral da Síria no qual o regime alaouita se sustém.

O senador norte-americano John McCain afirmou hoje no canal televisivo CNN que os ataques visarão membros do Exército Sírio Livre ou de grupos que foram armados e treinados pela CIA.

Norte-americanos e russos reuniam-se ainda hoje com vista a melhorar o diálogo e a coordenação no espaço aéreo sírio.

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