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França

Sarkozy recusa frente republicana nas regionais francesas

A um pouco mais de um mês das eleições regionais aqui em França, cuja primeira volta está prevista para o dia 6 de Dezembro, começa a agitar-se o debate em torno de possíveis alianças para combater o partido de extrema-direita, Frente Nacional que poderia sair vitoriosa em certas regiões.  

Para Nicolas Sarkozy é "nem a Frente Nacional, nem os Socialistas".
Para Nicolas Sarkozy é "nem a Frente Nacional, nem os Socialistas". AFP FOTO / FRANCOIS NASCIMBENI
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A ideia de uma aliança entre a direita e a esquerda tradicional numa frente republicana foi lançada na passada terça-feira pelo Primeiro-Ministro Manuel Valls, no intuito de impedir a Frente Nacional de vencer nas regiões onde é previsível que realize bons resultados como na região Nord Pas de Calais no norte e na Provence Alpes Côte d'Azur no sul.

Esta ideia foi logo rejeitada ontem por Nicolas Sarkozy, líder do partido dos Republicanos, apóstolo da política do "nem Frente Nacional, nem Socialistas", um posicionamento também defendido por um deputado da sua formação Thierry Solère para quem "a frente republicana é o melhor combustível da frente nacional".

Do lado socialista, a reacção não se fez esperar, o secretario de estado socialista encarregue das relações com o parlamento Jean Marie Le Guen tendo qualificado este posicionamento de "sectário, cínico e irresponsável". Para este dirigente socialista como para muitos outros, a opção de uma frente comum entre socialistas e republicanos em certas regiões será inevitável para derrotar o partido de Marine Le Pen.

Contudo o que parece inexorável do ponto de vista dos socialistas, não o parece tanto para a direita tradicional. De acordo com uma sondagem publicada ontem, o partido socialista está creditado com 21% de intenções de voto, em terceira posição atrás da aliança do centro com o partido de Sarkozy que recolhe 27% das intenções de voto, a frente nacional estando neste momento na dianteira com 28% das intenções de voto.

Com um presidente e um governo atingindo picos de impopularidade, um divórcio por enquanto irreconciliável com a esquerda radical, os socialistas parecem actualmente estar longe de conseguir evitar um possível maremoto da direita tradicional e da extrema-direita nas regionais.

01:35

Crónica dos preparativos das regionais

 

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