União Africana quer que países reforcem medidas de protecção a crianças

O líder da Comissão dos Direitos e Bem-Estar da Criança da União Africana insta os estados, incluindo a Angola, a fortalecerem às políticas públicas, com o propósito de salvaguardarem os direitos das crianças. Wilson de Almeida Adão, em visita de trabalho a Angola, também se mostrou “assustado” com o aumento de menores africanos que vivem sem nenhum cuidado parental.

União Africana alerta para o tratamento das crianças em Angola. ALEXANDER JOE / AFP

A Comissão dos Direitos e Bem-Estar da Criança da União Africana está preocupada com a instabilidade política e militar que se regista nalguns países do continente, alegando que a situação afecta, em grande medida, o desenvolvimento das crianças.

O responsável do órgão, o angolano Wilson de Almeida Adão, falando à saída de um encontro com a provedora angolana de Justiça, diz que, no ano passado, foi muito difícil para organização, devido ao fenómeno da guerra que, a seu ver, tem provocado instabilidade a várias famílias.

“A nossa prioridade, para protecção da criança, tem sido pedir aos estados que fortaleçam as políticas públicas de apoio as famílias. O ano passado tivemos um ano muito difícil a nível da União Africana, por esta questão, que gera instabilidades nas famílias e as famílias instáveis geram problemas para as crianças”, lamentou o diplomata.

Por sua vez, Florbela Araújo, provedora de Justiça de Angola, revelou que o encontro foi satisfatório, já que o país vai assinar um acordo de parceria com o comissão, para endurecer medidas para atenuar à violência contra menores.

“Vamos assinar um acordo de parceria com o presidente dos direitos humanos da criança a nível da União Africana. Vermos se, em Angola, deixa de haver violação de direitos das crianças, no entanto, dos 11 princípios que estão estipulados, para defesa dos direitos da criança que haja, de facto, esta prioridade”, Florbela Araújo, provedora de Justiça de Angola.