Presidente de Moçambique apelou ao respeito da lotação nos barcos

Em Moçambique, o Presidente da República visitou, esta quarta-feira, o Posto Administrativo de Lunga, no distrito de Mossuril, em Nampula, para prestar solidariedade as famílias das vítimas do naufrágio de domingo. O acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças.

Imagem da AFPTV de 8 de Abril de 2024. © TVM/AFP

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, garantiu, esta quarta-feira, que o Governo está empenhado em evitar que se repita a tragédia de domingo, ao largo de Nampula, no norte do país, em que morreram 98 pessoas no naufrágio de um barco de pesca.

“Nós perdemos naquele barco que saiu daqui e ia para a Ilha [de Moçambique] 98 pessoas (…) O problema aqui, daquilo que percebemos, é que viajaram num barco de pesca”, começou por dizer, ao dirigir-se à população do Posto Administrativo de Lunga, província de Nampula.

“Não podemos evitar o que aconteceu. Mas estamos convosco e estaremos convosco”, insistiu o chefe de Estado.

Filipe Nyusi apelou ao respeito da lotação nas embarcações para evitar novos acidentes marítimos e disse que “viajaram muitas pessoas” naquele barco, com capacidade para apenas “15 ou 20”, mas prometeu medidas no futuro.

“O que vamos fazer é procurar formas para evitar que estes problemas possam surgir mais amanhã”, disse.

O acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes entre os cerca de 130 que seguiam a bordo.

A missão multisectorial que se encontra no terreno e liderada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, trabalha em busca de respostas para a tragédia. 

“Certamente que houve umas falhas que podíamos ter evitado, sim. Ambas as partes, tanto armadores, como administração, como nós governo, penso que houve algumas falhas aqui de organizar este tipo de transporte da melhor forma”, declarou.

Moçambique observa desde esta quarta-feira, três dias de luto nacional em consequência da tragédia ocorrida ao largo da ilha de Moçambique e que se saldou em 98 mortos. Algumas pessoas estão ainda desaparecidas.