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Moçambique

Moçambique: Polícia quer meios para acabar com a criminalidade

O Presidente da Associação de Defesa dos Polícias de Moçambique, AMOPAIP, considera que a precariedade que existe na classe profissional é propícia ao envolvimento em práticas de corrupção e na onda de raptos. Nazário Muanambane pede ao Governo medidas concretas para acabar com esta situação que fragiliza a sociedade moçambicana.

Polícia da ordem e segurança públicas em Moçambique. (Imagem de arquivo).
Polícia da ordem e segurança públicas em Moçambique. (Imagem de arquivo). Lusa
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O Presidente da Associação de Defesa dos Polícias de Moçambique considera que a criminalidade que se vive no país é preocupante e pede uma maior intervenção das autoridades.

"A situação de criminalidade em Moçambique é preocupante e nós, nos últimos tempos, estamos a viver num país em que, é preciso maior esforço por parte do governo e não só por parte do próprio estado moçambicano. Estamos a falar do crime organizado como trafico de droga, terrorismo raptos e sequestros”, sublinha.

Nazário Muanambane reconhece que a precaridade existente na classe leva muitas vezes alguns polícias a envolverem-se em práticas de corrupção, ou nos raptos.

“Em relação aos raptos, estamos num país frágil, quando se refere a alocar meios e recursos adequados para fazer face ao crime organizado. Quando o policia vive numa casa alugada, vive em casa do pai, quando o policia tem dívidas no banco (…) está num terreno fértil, podendo acabar por se envolver em actos criminais”, explica.

Recentemente, a procuradora-geral da República de Moçambique pediu, o apoio no combate ao tráfico de droga, face às “teias” que este tipo de criminalidade já tem “nas instituições públicas” do país, da polícia à política.

 Beatriz Buchili, diz que maioria dos raptos em Moçambique é planeada no estrangeiro e acusa as autoridades sul-africanas de não estarem a colaborar para estancar o crime no país.

A Procuradora revelou ainda que foram submetidos 20 pedidos de extradição e auxílio judiciário mútuo há mais de um ano, incluindo de mandantes identificados de raptos, mas Moçambique ainda não obteve resposta.

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