Moçambique: Profissionais de saúde suspendem actividade

Os profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, APSUM, iniciaram nesta segunda-feira, 29 de Abril, a suspensão das atividades por 30 dias prorrogáveis em todo o país. A decisão visa pressionar o Governo a responder às reivindicações dos profissionais que passam por melhores condições de trabalho, nomeadamente salariais.

O Hospital Geral da Polana Caniço, em Maputo, Moçambique. Imagem de arquivo. © LUSA - LUÍSA NHANTUMBO

Os profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, APSUM, suspenderam hoje as actividades por 30 dias prorrogáveis em todo o país. A porta-voz do movimento, Assucena Zunguza, acusa o Governo de não honrar com os compromissos acordados na mesa de negociações, no ano passado, e que levaram à suspensão da greve.

“Infelizmente as nossas unidades sanitárias estão piores do que no início do nosso diálogo. Não há medicamentos para tratar as doenças mais comuns, não há luvas, máscaras, seringas, agulhas, reagentes de laboratório, nem papel para imprimir documentos hospitalares e resultados de análises laboratoriais”, detalha.

Assucena Zunguza insta o executivo moçambicano a encontrar soluções que permitam colmatar as carências que se estendem a outras áreas.

“Precisamos de combustível nas ambulâncias para transportar os doentes, comida para os doentes e roupa hospitalar para as camas. Os utentes ou familiares são obrigados a trazer das suas casas estes itens”, explicou.

Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, APSUM, refere que esta suspensão das actividades vai abranger 71 mil profissionais.