Conflito na Líbia transita da Rússia para a Alemanha
O marechal Haftar, homem forte do leste líbio, deixou hoje Moscovo sem assinar o cessar-fogo, negociado por russos e turcos, que o líder do governo reconhecido pela comunidade internacional Sarraj tinha assinado na segunda-feira na capital da Rússia. A Alemanha acolhe no domingo nova reunião sobre a crise líbia.
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Sergei Lavrov é o chefe da diplomacia russa, admite, porém, que ainda é possível se alcançar um entendimento.
"A Rússia e a Turquia, como sabem, pronunciaram-se em prol de um cessar-fogo na Líbia, após a visita do presidente Putin a Istambul. E na sequência desta iniciativa o encontro das partes implicadas teve lugar ontem em Moscovo. De momento o resultado final não foi atingido, mas nós vamos prosseguir os nossos esforços.
Pretendemos associá-los aos esforços dos países europeus, mas também dos vizinhos da Líbia para encorajar todas as partes líbias a que se alcance um acordo sem recurso à força. Quando nos perguntam se a Líbia se poderia tornar numa segunda Síria... aí seria o povo líbio a ganhar.
De momento não há Estado na Líbia porque a estrutura estatal líbia foi destruída pelas forças da NATO em 2011. As consequências desta aventura criminosa e ilegal continuam a pesar sobre todos nós e, antes de mais, sobre o povo líbio."
Serguei Lavrov, ministro russo dos negócios estrangeiros
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