Militares recusam envolvimento nas eleições presidenciais na Guiné Bissau

O general das forças armadas na Guiné Bissau, Biague Na Ntan, veio a público por ocasião duma intervenção na abertura de um curso para soldados, dizer que os militares não estiveram envolvidos nem de perto nem de longe  no processo das últimas eleições presidenciais no país. O general guineense sublinhou que se está a fazer muito alarido em torno das eleições presidenciais.

Militares recusam envolvimento nas eleições presidenciais na Guiné Bissau RFI

Visivelmente irritado e ao se dirigir aos soldados na abertura de um curso, o general Biague Na Ntan abriu o livro.

Disse não ser verdade que tenha havido qualquer intervenção dos militares no processo eleitoral.

Disse ser falso que os militares tenham mudado os resultados das eleições. Disse que os militares nem souberam em que hotel a CNE divulgou os resultados das eleições.

O general Na Ntan desmentiu ainda os rumores que dão conta de um alegado sequestro do presidente da CNE, o juiz José Pedro Sambu, por militares, dias antes da publicação dos resultados eleitorais.

O general afirmou que se tal tivesse acontecido porque é que nem o Governo, nem os familiares de Pedro Sambu, ou as forças de segurança pessoal de Sambu vieram ao público denunciar.

Biague Na Ntan considerou que existe uma clara intenção de envolver os militares na contenda política, mas que não será permitido.

Disse que doravante as forças armadas vão responder às provocações. Também disse que não vai permitir que a paz seja perturbada.

Fez uma revelação mas que não pormenorizou: em 2016 foi aliciado por políticos para derrubar o Presidente José Mário Vaz, coisa que não aceitou.

O general Na Ntan disse ser incompreensível todo o alarido à volta das últimas eleições presidenciais e lembrou que a Guiné-Bissau já realizou cinco eleições presidenciais.

Mussa Baldé, correspondente, em Bissau. 

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Mussa Baldé, correspondente, em Bissau.