Mali anuncia saída do G5 do Sahel
O Mali anunciou este domingo, 15 de Maio, a saída do G5 do Sahel e a retirada da sua força militar antijihadista. O país protesta a decisão que o impede de assumir a presidência da organização regional formada com Mauritânia, Chade, Burkina Faso e Níger.
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Num comunicado enviado à imprensa, as autoridades malianas anunciam a saída do G5 do Sahel, em protesto por lhe ter sido recusada a presidência da organização regional formada com Mauritânia, Chade, Burkina Faso e Níger.
“O governo da República do Mali decide retirar-se de todos os órgãos do G5 Sahel, incluindo a força conjunta. Esta decisão será notificada aos Estados membros da organização de acordo com o procedimento previsto nesta matéria”, anuncia o comunicado de imprensa da presidência maliana.
Uma conferência de chefes de Estado do G5 do Sahel estava prevista para Fevereiro de 2022 em Bamaco, altura em que o Mali deveria ter assumido a presidência do G5 do Sahel, porém “quase um trimestre após a data indicada, a reunião ainda não teve lugar”.
De acordo com o comunicado e sem especificar o país, Bamaco “rejeita firmemente o argumento de um Estado-membro do G5 do Sahel, que descreve a situação política interna nacional para se opor ao exercício do Mali da presidência do G5 do Sahel”.
A França também é criticada sem ser nomeada: "a oposição à presidência do Mali está ligada às manobras de um Estado extra-regional que visa desesperadamente isolar o Mali", escreve o governo de transição.
As relações entre o Mali e os países europeus, começando pela França, deterioraram-se significativamente nos últimos meses.
O Mali tem sido alvo desde Janeiro de uma série de medidas económicas e diplomáticas, por parte dos Estados da África Ocidental, para sancionar a intenção da junta militar de permanecer no poder durante vários anos , após dois golpes de Estado, em Agosto de 2020 e Maio de 2021.
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