África propõe mediação entre Rússia e Ucrânia
No final desta semana, sete presidentes africanos devem deslocar-se à Ucrânia e à Rússia para uma mediação onde devem dar conta da preocupação do continente negro relativamente à guerra na Europa. O presidente do Congo Brazzaville, Denis Sassou Neguesso é um deles.
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Em visita à Costa do Marfim, em declarações colhidas pela jornalista da RFI, Bineta Diagne, ele alega que vão insistir na necessidade do diálogo para se resolver o contencioso actual, após a invasão russa da Ucrânia em Fevereiro do ano passado.
"Os povos africanos sempre privilegiaram a negociação, o diálogo. É essa a resolução dos problemas pela diplomacia, pelo diálogo e não pelos canhões. E é esta mensagem que África desejaria passar aos beligerantes através desta iniciativa.", disse o chefe de Estado do Congo Brazzaville.
Ouça aqui as declarações:
Declarações, Presidente Denis Sassou Neguesso, 13-06-2023
De salientar que a guerra na Ucrânia entrou este fim-de-semana numa nova "fase", depois do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, ter anunciado oficialmente o início da contraofensiva, há muito anunciada.
Nos últimos dias, Kiev tem dado conta de alguns avanços na linha da frente, mas, esta segunda-feira, um ataque russo à terra natal do chefe de Estado ucraniano deixou pelo menos 10 mortos e vários feridos.
A ONU já condenou este ataque, através de uma publicação no Twitter. "Esta manhã, um ataque a Kryvyi Rih atingiu um edifício residencial e matou e feriu civis. A lei humanitária internacional é clara: civis e infraestruturas civis não são um alvo”, pode ler-se.
“Russia’s invasion has, once again, claimed lives and brought suffering to the people of Ukraine," Humanitarian Coordinator Denise Brown has strongly condemned this morning's attack on Kryvyi Rih.
Civilians and civilian infrastructure are #NotATarget! pic.twitter.com/gqmr7yyA6B
— OCHA Ukraine (@OCHA_Ukraine) June 13, 2023
Entretanto, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken afirmou, esta segunda-feira, que um eventual sucesso da contraofensiva aumentaria as hipóteses de uma negociação da paz.
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