Descoberta de novo australopiteco na Etiopia
Um crânio humano de 3,8 milhões de anos foi descoberto na Etiopia. Segundo os cientistas, a descoberta tem o potencial para alterar a compreensão que nós temos da evolução humana. A descoberta contraria a percepção sobre a maneira como tinham evoluído os humanos.
Publicado a:
Ouvir - 01:29
O crânio, conhecido pelo nome de MRD, foi encontrado não longe donde tinha sido descoberto a mais jovem Lucy, antepassado do ser humano moderno, e revela que as duas espécies podiam ter co-existido durante cerca de 100.000 anos.
Segundo o reputado paleoantropólogo Yohannes Haile-Selaissie do Museu de História Natural de Cleveland, que é co-autor dos dois estudos publicados na quarta-feira pelo revista Nature, o crânio é um dos fósseis hominídeos mais completos, de mais de 3 milhões de anos.
O novo crânio, MRD, pertence a espécie dos australopitecus anamensis e foi descoberto em Fevereiro de 2016 no sítio de Woranso-Mille, à 55 kms de onde tinha sido encontrado Lucy, na região de Afar, no nordeste da Etiópia.
De acordo com os cientistas, o MRD revela o primeiro vislumbre da cara do antepassado de Lucy.
Outros fósseis australopitecus,menos conhecidos, datam de há, pelo menos 3,9 milhões de anos e tinham somente mandíbulas e dentes. Sem o crânio, a compreensão da evolução, dos referidos hominídeos extintos, permaneceu limitada.
Co-autora dos estudos publicados pela revista Nature, Stephanie Melillo do Instituto Max Planck para a Antropologia Evolutiva, na Alemanha, afirmou que a comunidade científica pensou inicialmente que a A. anamensis ( MRD ) se transformava gradualmente em A .afarensis, espécie à qual pertence Lucy.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro