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Política /Irão

Irão: manifestações e confrontos contra subida de preço de combustível

O aumento do preço do combustível, apoiado pelo líder espiritual da República Islâmica do Irão,ayatollah Ali Khamenei desencadeou uma onda de manifestções em todo o país. Confrontos entre as forças da ordem e manifestantes, assim como cenas de vandalismo, registaram-se em várias regiões do Irão. Um polícia foi morto durante os recontros com os contestários. Khamenei qualificou os manifestantes de " hooligans"

Polícia de choque tenta dispersar manifestantes que protestam contra a subida do preço da gasolina  em Teerão.16 de Novembro de 2019
Polícia de choque tenta dispersar manifestantes que protestam contra a subida do preço da gasolina em Teerão.16 de Novembro de 2019 ©Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
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Os protestos explodiram algumas horas depois das autoridades iranianas terem anunciado o aumento do preço da gasolina, de 50 por cento para os primeiros 60 litros e de 300 % para os volumes superiores, cada mês.

Segundo os especialistas, a maioria dos consumidores locais difícilmente conseguirá pagar pelo referido aumento, se considerarmos que a economia do Irão estagnou dramáticamente desde que o americano Donald Trump decidiu retirar os Estados Unidos do acordo de 2015, sobre o programa nuclear iraniano e aplicar novas sanções ao país do Médio-Oriente, em Maio de 2018.

O líder supremo do Irão Ali Khamenei qualificouos manifestantes de " vândalos" e anunciou a morte de um polícia no decurso de um confronto com amotinadores armados, sublinhando que algumas cidades registaram danos consideráveis.

Khamenei acrescentou que embora não seja um especialista em matéria de economia, ele tinha afirmado que apoiaria o aumento da gasolina decidido pelo Alto Conselho para a Coordenação Económica do Irão.

De acordo com o chefe espiritual da República Islâmica, o aumento foi baseado no conselho de um especialista, por isso tinha que ser implementado. Khamenei reconheceu que era compreensível o descontentamento popular perante a medida, mas considerou inaceitável os confrontos e as explosões de vandalismo.

Depois da intervenção televisiva de Ali Khamenei, o parlamento iraniano anulou uma moção destinada a inverter a subida do preço da gasolina.

Khamenei acusou a oposição iraniana no estrangeiro de estar por detrás das manifestações, denominando a mesma de "centros da maldade mundial".

O chefe espiritual iraniano referiu-se à família real dos Pahlavi, destituída em 1979 depois da revolução islâmica, bem como ao grupo dos Mujahedin do Povo Iraniano (MEk), que o governo do Irão considera ser uma seita terrorista.

Sirjan, no centro do país, foi a cidade mais afectada pelos violentos protestos. Segundo Mohammad Mahmoudabadi, governador da região, um civil morreu e vários postos de combustível foram atacados e danificados.

De acordo com o comando da polícia da cidade de Kermanshah, um agente das forças da ordem morreu em confrontos com os manifestantes.

Em Teerão os contestários gritaram slogans e queimaram pneus, e cenas idênticas tiveram lugar nas cidades de Shiraz, Isfahan e Bushehr, onde as forças de polícia utilizaram gás lacrimogénio, assim como canhões de água para dispersar os amotinados.

Segundo os serviços de informação iranianos, os cabecilhas dos protestos foram identificados e medidas serão tomadas.

As autoridades de Teerão dedicidiram suspender o acesso à rede internet,desde que tiveram início as manifestações contra a subida dos preços dos combustíveis.

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Irão:manifestações e confrontos contra subida de preço de combustível 17 11 2019

 

 

 

 

 

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