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Política/Índia

Índia: prossegue onda de contestação em todo o país contra nova lei de nacionalidade

Na Índia a nova lei da nacionalidade continua a desencadear uma onda de protestos através do país e violentos recontros entre manifestantes e as forças policiais. Paralelamente restrições do acesso à rede internet são aplicadas em várias partes da Índia, designadamente no nordeste e no estado de Uttar Pradesh,onde reside uma importante minoria muçulmana.

Manifestantes, protestam no nordeste da Índia, em Guwahati,contra a nova lei da nacionalidade .
Manifestantes, protestam no nordeste da Índia, em Guwahati,contra a nova lei da nacionalidade . AFP
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Aprovada no dia 9 de Dezembro,pelo parlamento indiano, a nova lei da cidadania do país do sudeste asiático, que exclui os refugiados muçulmanos residentes na Índia, provoca há mais de uma semana, manifestações e confrontos com as forças da ordem.

A fim de conter a reacção popular, as autoridades indianas restringiram o acesso à rede internet e mobilizaram importantes forças policiais.

Na quinta-feira, manifestantes foram para as ruas nos estados indianos de Uttar Pradesh, Gujarat e Karnataka. Os contestários que desafiariam a proibição de reunião pública, decretada pelas autoridades, acusam o Primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de implementar uma política anti-muçulmanos.

Em Nova Deli, capital da Índia,as forças policiais obrigaram os manifestantes a entrar em autocarros, estações de metropolitano foram encerradas e a rede de telemóvel foi cortada nalgumas áreas.

As actuais manifestações foram despoletadas pela nova lei da nacionalidade que prevê facilitar o acesso à cidadania indiana à pessoas de três países vizinhos que fugiram de perseguições, com excepção dos muçulmanos.

Os manifestantes, no seio dos quais estão muitos estudantes, têm denunciado a brutalidade das forças policiais, que operam nos últimos dias, nos estados de Uttar Pradesh e Bangalore, regiões do nordeste, bem como em Bihar, New Deli, Haiderabade e Chennai.

Durante os protestos da semana passada morreram seis pessoas e dezenas ficaram feridas.

Perante a preocupação manifestada pela comunidade internacional, o Primeiro-ministro Narendra Modi reiterou que o seu governo não tenciona marginalizar os muçulmanos. Modi afirmou por intermédio das redes sociais que a nove lei da nacionalidade não exclui nenhum cidadão, nem região da Índia.

A importante minoria,de 200 milhões de indianos muçulmanos, receia que a política de Modi resulte na implementação de um ficheiro nacional, que permitirá expulsar a partir de 2024 todos os indivíduos considerados como infiltrados pelas autoridades.

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Índia: prossegue onda de contestação contra nova lei de nacionalidade em todo país 19 12 2019

 

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