Suspeito de atentado é indiciado por terrorismo
Faisal Shahzad, suspeito de promover o atentado frustrado com um carro-bomba em Nova York, foi formalmente indiciado nesta terça-feira por terrorismo. Ele é acusado também de ter recebido treinamento para o uso de armas e explosivos no Paquistão.
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Em declaração preliminar às autoridades americanas, Faisal Shahzal, 30, cidadão americano nascido no Paquistão, confessou ter agido sozinho na tentativa de atentado no Times Square no sábado passado. Posteriormente, porém, ele afirmou que foi treinado em campos talibãs e da Al Qaeda no Paquistão. Segundo a polícia, Faisal Shahzad, coopera com os investigadores e forneceu informações importantes.
Shahzad confessou também ter comprado a van que foi encontrada com gasolina, gás propano, fogos de artifício e fertilizantes no coração do Times Square e que foi achada antes de uma possível explosão. Ele também disse ter colocado todo o material e escapado do local.
Segundo o departamento de polícia, se a bomba tivesse explodido teria criado uma " bola de fogo" capaz de matar várias pessoas. "Está claro que a intenção por trás deste ato terrorista era matar americanos", declarou o Procurador-Geral Eric Holder.
O suspeito foi preso no aeroporto internacional JFK a bordo de um voo da Emirates que iria para Dubai. Ele tinha apenas uma passagem de ida. Dois outros passageiros também foram retirados do avião, mas não foi divulgado se eles têm relação com a tentativa de atentado nem a identidade. A aeronave foi evacuada, as bagagens revistadas novamente e o voo saiu com 7 horas de atraso.
Cidadão pacato
Faisal Shahzad morava em Connecticut, a cerca de 100 km de Manhattan, é casado, tem 2 filhos e ficou recentemente 5 meses no Paquistão. Na sua cidade natal no Paquistão, ex-vizinhos afirmam que ele era um «chefe de família moderno» que jamais havia demonstrado simpatia pelo islamismo radical ou ódio aos Estados Unidos.
O governo do Paquistão já afirmou que vai cooperar nas investigações. Um grupo talibã paquistanês reivindicou, via um site na internet, a autoria da tentativa de atentado. As autoridades americanas, porém, ainda não confirmam a veracidade dessas declarações.
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